Defesa pede ao STF devolução de celular de preso pelo 8/1 que morreu na Papuda

Segundo a defesa, "com o falecimento do réu, inexistem motivos para custódia do bem"

Nathan Lopes, da CNN, São Paulo
Cleriston Pereira da Cunha estava preso na Papuda
Cleriston Pereira da Cunha estava preso na Papuda  • Reprodução
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A defesa de Cleriston Pereira da Cunha pediu ao Supremo Tribunal Federal (STF) que seja devolvido o celular dele, que está com a Polícia Federal (PF) desde que ele foi preso.

Cleriston morreu, na última segunda-feira (20), no Complexo Penitenciário da Papuda, em Brasília, onde estava preso por participação nos atos criminosos do 8 de janeiro. O celular é usado na investigação pela PF.

Em despacho publicado nesta sexta-feira (24), o ministro Alexandre de Moraes pediu que a Procuradoria-Geral da República (PGR) se manifeste a respeito do pedido. Moraes é o relator da ação penal em que Cleriston era réu.

"Com o falecimento do réu, inexistem motivos para custódia do bem", disse a defesa no pedido.

No documento, a defesa também solicitou que a penitenciária forneça "informações detalhadas" sobre a morte de Cleriston, além do envio de "imagens das câmeras de segurança do pátio" do momento em que o réu começou a passar mal. Na mesma segunda-feira (20), Moraes já havia determinado que informações detalhadas sobre o ocorrido fossem repassadas pela penitenciária.

A defesa também disse ao STF que irá apresentar o atestado de óbito após o laudo do Instituto Médico Legal (IML) ficar pronto, "vez que, na atual certidão, consta
que a causa da morte ainda se encontra em apuração".

Nesta sexta-feira (24), a CNN informou que o relatório da Defensoria Pública apontou que houve demora no socorro e falta de equipamento no atendimento. A Secretaria de Administração Penitenciária do Distrito Federal (Seap-DF), porém, diz que Cleriston Pereira da Cunha foi "atendido prontamente pela equipe da unidade básica de saúde prisional, que iniciou o atendimento imediato tão logo constatado o desmaio".

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