Deputado do PL defende megaoperação no Rio: "Rumo aos 200 mortos"
Na sequência, deputada Jandira Feghali (PCdoB-RJ) criticou ação policial no estado fluminense e classificou a medida como uma "chacina"

O deputado Capitão Alden (PL-BA) defendeu nesta quarta-feira (29), durante sessão na Câmara dos Deputados, a megaoperação deflagrada ontem no Rio de Janeiro. A operação resultou em mais de 130 mortes, segundo a Defensoria Pública do estado.
"Portanto, parabéns à Polícia Militar e à Polícia Civil do Rio de Janeiro. Que operações como essa aconteçam mais e mais vezes. Vamos fazer a hashtag 'rumo aos 200 mortos', bandidos e criminosos", declarou o parlamentar.
Depois de Alden, a deputada Jandira Feghali (PCdoB) também comentou a operação, que classificou como "chacina".
"Nós estamos vivendo a maior chacina e chacina continuada, não é a primeira no Rio de Janeiro, nós já acompanhamos muitas, mas é maior chacina do país, não é maior chacina do Rio de Janeiro", afirmou a deputada.
E continuou: "Nós não temos pena de morte no Brasil. E quando se estabelece a morte como método a investigação é prejudicada".
A ação — que mobilizou 2.500 agentes — teve como objetivo combater a expansão territorial da facção criminosa CV (Comando Vermelho).
O número atualizado de mortos não consta no saldo oficial do governo do Rio de Janeiro, que disse na terça (28) que a operação havia sido finalizada com 64 mortos.
Ao longo da madrugada e manhã de hoje, ativistas e moradores relataram que mais de 60 corpos foram retirados pelos próprios cidadãos de uma região de mata do Complexo da Penha.
O que sabemos sobre operação
A Operação Contenção foi uma megaoperação conjunta das polícias Civil e Militar do Rio de Janeiro, realizada nessa terça-feira (28), nos complexos do Alemão e da Penha, na Zona Norte da capital fluminense.
A ação foi resultado de mais de um ano de investigação conduzida pela DRE (Delegacia de Repressão a Entorpecentes).
Segundo a Secretaria de Segurança Pública (SESP) e o Governo do Estado, o objetivo principal era combater a expansão territorial do Comando Vermelho (CV) e cumprir 100 mandados de prisão contra integrantes e lideranças criminosas do CV.
Entre os alvos, 30 seriam membros da facção oriundos de outros estados, com destaque para o Pará, que estariam escondidos nessas comunidades.


