Deputados debatem qual deve ser o valor aprovado para a PEC do Estouro
Arlindo Chinaglia (PT-SP) e Coronel Armando (PL-SC) concordaram sobre manutenção de auxílio em R$ 600, mas discordaram sobre dimensão do estouro
Após receberam a minuta da PEC do Estouro da equipe de transição do governo federal eleito, os parlamentares estão negociando valores para a proposta. À CNN, os deputados federais Arlindo Chinaglia (PT-SP) e Coronel Armando (PL-SC) debateram, nesta sexta-feira (18), quais devem ser as medidas aprovadas.
“O que a gente vai ter que fazer é tentar arranjar um ponto de equilíbrio, que não fure o teto além do que se deseja, e também atenda, de certa forma, essas promessas. O presidente Jair Bolsonaro (PL) tinha falado do Auxílio Brasil em R$ 600, então, eu, como parlamentar do PL, defendo que a gente deva atender àquela necessidade”, defendeu Coronel Armando.
Arlindo Chinaglia também fez referência ao que foi prometido durante a corrida pelo Planalto. “Se nós temos compromisso de campanha, não podem ser palavras no vazio. Tem que ser cumprido. Tem, evidentemente, mais de um cálculo. Aquilo que está sendo negociado hoje com o Congresso Nacional são R$ 175 bilhões. Onde que pode estar eventual divergência? No valor e durante o tempo. Entretanto, (…) o Congresso vai decidir”, afirmou o parlamentar.
Embora dialoguem sobre a necessidade de manter o auxílio, que deve voltar a se chamar Bolsa Família, em R$ 600, os deputados, ligados ao futuro e atual governo, divergem sobre a dimensão do estouro no teto.
Sobre isso, em entrevista à CNN, o vice-presidente eleito Geraldo Alckmin (PSB) afirmou que “do jeito que está hoje, o teto de gastos é mais problema do que solução”.
Chinaglia avalia a declaração como “correta, porque nós temos que olhar para a realidade do povo brasileiro e do próprio país”. Para defender seu ponto, o deputado fez menção ao número de pessoas passando fome e em insegurança alimentar no país.
“Não se deve tratar o limite de gastos como cláusula pétrea. (…) Eu acho que a cada início de governo a gente deveria, sim, ter uma forma de reavaliar isso”, disse Coronel Armando. O deputado criticou, no entanto, a política fiscal do governo de Dilma Rousseff (PT), classificando o período como um “descontrole”.
*Assista à íntegra do debate no vídeo acima.