Desoneração: Pacheco diz ser contra aumento de impostos; projeto será votado nesta terça

Relator da desoneração, Jaques Wagner (PT-BA) manteve aumento de imposto de renda sobre os Juros sobre Capital Próprio (JCP)

Rebeca Borges e Emilly Behnke, da CNN, Brasília
Plenário do Senado Federal durante sessão deliberativa ordinária. Na ordem do dia, deliberação dos embaixadores sabatinados pela Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional, das Medidas Provisórias nºs 1.214 e 1.218, de 2024, e dos demais itens constantes da pauta publicada pela Secretaria-Geral da Mesa. À mesa, presidente do Senado Federal, senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG), conduz sessão. Foto: Pedro França/Agência Senado
"O que apresentamos como medidas efetivas para compensação é suficiente para cobrir a desoneração da folha sem necessidade de aumento de impostos, sem necessidade de aumento de imposto de renda  • 14/08/2024 - Pedro França/Agência Senado
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O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), afirmou nesta terça-feira (20) que não concorda com aumento de impostos para compensar as perdas geradas pela desoneração da folha de pagamentos de 17 setores e de municípios.

O projeto está na pauta do plenário e deve ser votado nesta terça. O relator Jaques Wagner (PT-BA), líder do governo no Senado, incluiu no parecer o aumento de 15% para 20% do Imposto de Renda Retido na Fonte (IRRF) sobre os Juros sobre Capital Próprio (JCP).

Essa é uma das oito fontes de compensação incluídas por Wagner no relatório. Senadores chegaram a apresentar emendas para suprimir o aumento do imposto sobre os JCP do texto, mas as sugestões foram rejeitadas pelo relator.

Nesta terça, Pacheco afirmou que as demais alternativas estudas pelos senadores e pelo Ministério da Fazenda são suficientes para compensar as perdas. Para o senador, o aumento de impostos não deve ser considerado neste momento.

"O que apresentamos como medidas efetivas para compensação é suficiente para cobrir a desoneração da folha sem necessidade de aumento de impostos, sem necessidade de aumento de imposto de renda. Não que essas medidas não possam ser discutidas. Tudo isso eventualmente pode ser considerado, mas não como necessidade como fonte de compensação da desoenração", afirmou Pacheco.