Embaixada dos EUA volta a falar de sanções a Moraes em meio a julgamento
Publicação cita compromisso em apoiar os brasileiros a “preservar os valores de liberdade e justiça”

A Embaixada dos Estados Unidos no Brasil voltou a falar sobre sanções ao ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), nesta terça-feira (9), durante o julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e outros sete réus por tentativa de golpe de Estado.
“Para o ministro Alexandre de Moraes e os indivíduos cujos abusos de autoridade têm minado essas liberdades fundamentais — continuaremos a tomar as medidas cabíveis”, disse a entidade por meio de sua conta no X (antigo Twitter).
O texto, que originou a publicação, também citou o Dia da Independência do Brasil, no último domingo (7), e foi assinado pelo subsecretário de Estado para a Diplomacia Pública e Assuntos Públicos dos EUA, Darren Beattie.
“Dia 7 de setembro marcou o 203º Dia da Independência do Brasil. Foi um lembrete do nosso compromisso de apoiar o povo brasileiro que busca preservar os valores de liberdade e justiça”, diz a publicação.
Moraes vota a favor da condenação de Bolsonaro
Mais cedo, ainda nesta terça-feira, Moraes votou a favor da condenação de Bolsonaro e de sete réus que fazem parte do núcleo considerado crucial para a tentativa de golpe de Estado.
Em voto que durou cerca de cinco horas, o ministro relator pediu a condenação de Bolsonaro pelos cinco crimes apontados pela PGR (Procuradoria-Geral da República): abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, organização criminosa armada, dano qualificado contra o patrimônio da União e deterioração de patrimônio tombado.
O ministro preparou quase 70 slides para apresentação do voto e dividiu sua manifestação em 13 pontos que narraram, em ordem cronológica, como teria atuado a organização criminosa para efetivar o golpe de Estado.
Em diversos momentos, Moraes mencionou Bolsonaro como o líder do grupo, que se organizou de forma hierarquizada entre julho de 2021 e 8 de janeiro de 2023.
*Com informações de Gabriela Boechat e Davi Vittorazzi, sob supervisão de Douglas Porto