Embratur rebate alerta da Embaixada dos EUA sobre segurança no Brasil
De acordo com a agência, o comunicado reproduz uma “imagem distorcida e ultrapassada” do país

A Agência Brasileira de Promoção Internacional do Turismo (Embratur) divulgou, neste sábado (31), uma nota em que manifesta repúdio ao alerta divulgado pela Embaixada dos Estados Unidos direcionado aos norte-americanos em viagens ao Brasil para não frequentarem algumas regiões.
De acordo com a manifestação, assinada pelo presidente da agência, Marcelo Freixo, a nota da embaixada reproduz uma “imagem distorcida e ultrapassada” do país.
“Em 2024, o Brasil registrou os menores índices de violência em 11 anos, resultado de uma articulação federativa eficaz e de políticas públicas consistentes. Repudiamos esse tipo de recomendação alarmista, que mais se presta à desinformação do que à proteção dos cidadãos americanos”, destacou a Embratur.
A nota ainda destaca que o Brasil passa pelo melhor momento de sua história no turismo internacional. Dados do Ministério do Turismo mostram que no primeiro quadrimestre de 2025, o país recebeu 4,4 milhões de visitantes, o que representa um avanço de 51% na comparação com o mesmo período do ano anterior. Os Estados Unidos foram o segundo país com o maior número de visitantes nesse período.
“A hospitalidade brasileira é reconhecida mundialmente. Aqui, todos são bem-vindos -- independentemente de nacionalidade, etnia, orientação sexual, religião ou posicionamento político. Seguiremos trabalhando para consolidar nossa imagem real no exterior: a de um país seguro, acolhedor, sustentável, democrático, diverso e aberto ao mundo, cada vez mais preparado para receber turistas”, concluiu, em nota, a agência.
Alerta
A Embaixada dos Estados Unidos emitiu, na sexta-feira (30), um alerta sobre a segurança de cidadãos norte-americanos, advertindo-os de que "exerçam maior cautela no Brasil devido ao crime e sequestro".
O "aviso de viagem" recomenda, ainda, que os visitantes evitem certas regiões do Brasil, pois "algumas áreas apresentam risco maior" -- entre as quais se incluem regiões administrativas do Distrito Federal.
Além dos riscos de crimes em áreas urbanas e no transporte público, o governo norte-americano recomenda, explicitamente, que cidadãos dos EUA "não viajem para qualquer lugar dentro de 160 km das fronteiras terrestres do Brasil".