Equipe da Jovem Pan é hostilizada durante protesto contra a eleição de Lula

Repórteres precisaram da ajuda de militares do exército para sair do local

Douglas Porto, da CNN, em São Paulo
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Uma equipe de jornalistas da Jovem Pan foi hostilizada, nesta terça-feira (15), em Brasília, no Distrito Federal, em frente ao Quartel General do Exército, durante protestos contra a eleição de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) à Presidência da República.

Nas imagens, quando o repórter diz que os manifestantes estão pedindo por "intervenção militar" e "intervenção federal", as pessoas com camisas verde e amarela que estão atrás dele começam a gritar e dizer "não".

Após isso, militares do exército ajudaram e protegeram a saída dos profissionais. Quando eles se retiram, são vaiados e recebem gritos de "vergonha".

A CNN entrou em contato com a emissora e aguarda um posicionamento.

Centenas de pessoas ocupam ruas diversas capitais neste feriado da Proclamação da República. Na Zona Sul de São Paulo, os manifestantes começaram a chegar por volta das 10h da manhã e o protesto cresceu no início da tarde. A manifestação é pacífica e ocorre próximo ao Parque do Ibirapuera e à Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp), próximo ao Comando Militar do Sudeste do Exército.

Parte dos manifestantes fazem atos antidemocráticos e pedem intervenção militar.

Em Brasília, o protesto se concentra em frente ao QG do Exército, no Setor Militar Urbano. A Praça dos Três Poderes permanece fechada.

No Rio de Janeiro, a manifestação acontece em frente ao Comando Militar do Leste (CML), no centro da cidade. Pelo menos duas avenidas importantes da capital foram totalmente interditadas por manifestantes pró-Bolsonaro, segundo o Centro de Operações Rio (COR). Uma delas é a Avenida Presidente Vargas.

Durante o protesto houve um desentendimento entre manifestantes pró-Bolsonaro e torcedores do Flamengo, mas a política militar não precisou intervir.