Equipe da Jovem Pan é hostilizada durante protesto contra a eleição de Lula
Repórteres precisaram da ajuda de militares do exército para sair do local
Uma equipe de jornalistas da Jovem Pan foi hostilizada, nesta terça-feira (15), em Brasília, no Distrito Federal, em frente ao Quartel General do Exército, durante protestos contra a eleição de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) à Presidência da República.
Nas imagens, quando o repórter diz que os manifestantes estão pedindo por "intervenção militar" e "intervenção federal", as pessoas com camisas verde e amarela que estão atrás dele começam a gritar e dizer "não".
Após isso, militares do exército ajudaram e protegeram a saída dos profissionais. Quando eles se retiram, são vaiados e recebem gritos de "vergonha".
Quem diria...
📌Até a Jovem Pan foi HOSTILIZADA por bolsonaristas na porta do Quartel em Brasília.
O reporter saiu ESCOLTADO pelos soldados do Exército.
Na matéria, Jovem Pan afirmou que os ativistas estão pedindo INTERVENÇÃO MILITAR.#bolsonarismo pic.twitter.com/HmQwxBL6jd
— Joice Hasselmann (@joicehasselmann) November 15, 2022
A CNN entrou em contato com a emissora e aguarda um posicionamento.
Centenas de pessoas ocupam ruas diversas capitais neste feriado da Proclamação da República. Na Zona Sul de São Paulo, os manifestantes começaram a chegar por volta das 10h da manhã e o protesto cresceu no início da tarde. A manifestação é pacífica e ocorre próximo ao Parque do Ibirapuera e à Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp), próximo ao Comando Militar do Sudeste do Exército.
Parte dos manifestantes fazem atos antidemocráticos e pedem intervenção militar.
Em Brasília, o protesto se concentra em frente ao QG do Exército, no Setor Militar Urbano. A Praça dos Três Poderes permanece fechada.
No Rio de Janeiro, a manifestação acontece em frente ao Comando Militar do Leste (CML), no centro da cidade. Pelo menos duas avenidas importantes da capital foram totalmente interditadas por manifestantes pró-Bolsonaro, segundo o Centro de Operações Rio (COR). Uma delas é a Avenida Presidente Vargas.
Durante o protesto houve um desentendimento entre manifestantes pró-Bolsonaro e torcedores do Flamengo, mas a política militar não precisou intervir.