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    Exército diz que não produziu relatórios de inteligência sobre acampamento em frente ao QG da corporação

    Segundo o Exército, os relatórios não foram produzidos “uma vez que não foram identificados aspectos que pudessem comprometer a segurança orgânica dos aquartelamentos localizados no Setor Militar Urbano”

    Luciana Amaralda CNN , Em Brasília

    O Exército informou à Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do 8 de janeiro que o Centro de Inteligência da instituição não produziu relatórios sobre o acampamento que foi instalado em frente ao Quartel-General da corporação, em Brasília.

    Parte dos integrantes do acampamento montado em frente ao QG defendia ações de cunho golpista e chegou a ser presa após os atos criminosos de 8 de janeiro, em que houve a depredação das sedes dos Três Poderes.

    Vídeo: Coronel diz que acampamento foi “epicentro dos atos”

    Segundo o Exército em documento enviado à CPMI, relatórios de inteligência não foram produzidos “uma vez que não foram identificados aspectos que pudessem comprometer a segurança orgânica dos aquartelamentos localizados no Setor Militar Urbano”.

    Relatório apresentado por Ricardo Cappelli na época da intervenção na segurança pública do Distrito Federal, após o 8 de janeiro, aponta que foram registradas 73 ocorrências no acampamento, a maior parte de furtos e crimes contra a honra.

    Ainda, que após a chegada de um grupo indígena ao acampamento próximo ao QG, discursos que defendiam ações mais incisivas, e fora da área militar, ganharam força. Chegou a citar também hostilização contra agentes da Polícia Federal, da vigilância sanitária e profissionais de imprensa no acampamento.

    Aliados do então presidente da República, Jair Bolsonaro (PL), começaram a se reunir no local após a derrota dele nas eleições presidenciais de outubro do ano passado. O acampamento só foi extinto após os episódios violentos de 8 de janeiro.

    O ofício é assinado pelo general Francisco Humberto Montenegro Junior, chefe de gabinete do Comandante do Exército.

    O envio à CPMI foi em resposta a um requerimento elaborado pelo senador oposicionista Marcos Rogério (PL-RO) para que o Centro de Inteligência do Exército enviasse todos os relatórios de inteligência referentes à “observação do acampamento ocorrido em frente ao QG, desde sua instalação até a total desmobilização”.

    Veja imagens da desmobilização do acampamento em Brasília:

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