Fundo eleitoral está aumentando a disparidade entre candidatos, diz Felipe d’Avila
Pré-candidato do Novo conclamou outros presidenciáveis a pressionarem seus partidos pela devolução do financiamento público


O pré-candidato à Presidência Felipe d’Avila (Novo) declarou, nesta quarta-feira (1º), que o Fundo Eleitoral aumenta a disparidade entre os candidatos. Para ele, isso significa que o mecanismo não cumpre o objetivo para o qual foi criado.
“Aqueles que têm renda declarada acima de R$ 1 milhão recebem dez vezes mais do que aqueles que têm a menor renda declarada”, disse d’Avila.
O Fundo Eleitoral foi implementado para a disputa de 2018, a primeira desde que as doações de pessoas jurídicas foram proibidas pelo STF (Supremo Tribunal Federal). Em 2022, o Novo foi a única sigla que recusou o financiamento — o partido devolveu ao Tesouro Nacional os R$ 87,7 milhões a que teria direito para financiar campanhas neste ano.
Para as eleições de outubro, R$ 4,9 bilhões serão distribuídos entre 32 partidos. A legenda mais beneficiada será o União Brasil, que tem direito a mais de R$ 770 milhões.
Segundo Felipe d’Avila, o Fundo Eleitoral ajuda a “perpetuar oligarquias políticas” no país. Na opinião dele, falta critério para a utilização da quantia. “Hoje, praticamente, os donos de partidos podem decidir como esse dinheiro é utilizado para os financiamentos das campanhas. Isso mostra que tem muito mais interesse do presidente do partido do que do eleitor”, afirmou o presidenciável.
Debate
A CNN realizará o primeiro debate presidencial de 2022. O confronto entre os candidatos será transmitido ao vivo em 6 de agosto, pela TV e por nossas plataformas digitais.
Fotos – Os pré-candidatos à Presidência
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O presidente Jair Bolsonaro (PL) participa de solenidade no Palácio do Planalto, em Brasília - 20/06/2022 • CLÁUDIO REIS/PHOTOPRESS/ESTADÃO CONTEÚDO
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Luiz Inácio Lula da Silva, ex-presidente, governou o país entre 2003 e 2010 e é o candidato do PT • Foto: Ricardo Stuckert
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O candidato à Presidência Ciro Gomes (PDT) tenta chegar ao Palácio do Planalto pela quarta vez • FÁTIMA MEIRA/FUTURA PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO
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Simone Tebet cumpre o primeiro mandato como senadora por Mato Grosso do Sul e é a candidata do MDB à Presidência • Divulgação/Flickr Simone Tebet
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Felipe d'Avila, candidato do partido Novo, entra pela primeira vez na corrida pela Presidência • ROBERTO CASIMIRO/FOTOARENA/ESTADÃO CONTEÚDO
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José Maria Eymael (DC) já concorreu nas eleições presidenciais em 1998, 2006, 2010, 2014 e 2018, sempre pelo mesmo partido • Marcello Casal Jr/Agência Bras
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Vera Lúcia volta a ser candidata à Presidência da República pelo PSTU. Ela já concorreu em 2018 • Romerito Pontes/Divulgação
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Leonardo Péricles, do Unidade Popular (UP), se candidata pela primeira vez a presidente • Manuelle Coelho/Divulgação/14.nov.2021
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Sofia Manzano (PCB) é candidata à Presidência da República nas eleições de 2022 • Pedro Afonso de Paula/Divulgação
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Senadora Soraya Thronicke (União Brasil-MS), candidata à Presidência da República - 02/08/2022 • ALOISIO MAURICIO/FOTOARENA/ESTADÃO CONTEÚDO
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Padre Kelmon (PTB) assumiu a candidatura à Presidência após o TSE indeferir o registro de Roberto Jefferson (PTB) • Reprodução Facebook