Em posse no STF, Gonet diz que Moraes tem "coragem cívica e heroica"
Moraes assume como vice-presidente do STF, com Fachin ocupando a Presidência do Supremo
O procurador-geral da República, Paulo Gonet, chamou o ministro Alexandre de Moraes de "herói", durante cerimônia de posse da nova direção do STF (Supremo Tribunal Federal), nesta segunda-feira (29).
Fachin assumiu nesta segunda a presidência e Alexandre de Moraes tomou posse como vice-presidente do STF, para o biênio 2025–2027.
"A coragem cívica, por sinal, tem ícone luminoso e heroico na pessoa do vice-presidente Alexandre de Moraes. Ninguém no Brasil, nem mesmo os mais desassisados opositores deixam de reconhecer a coragem do ministro Alexandre de Moraes no empenho por desempenhar eficazmente as competências do seu cargo", declarou o PGR.
"Ao somar o brio e a intrepidez à sua notável e incansável disposição para o que é bom e justo, ao seu insuperável talento jurídico e à sua formidável inteligência aplicada para a causa pública", completou.
Moraes é o relator dos processos relacionados ao que seria um plano de golpe após as eleições de 2022. O julgamento do "núcleo crucial" da trama golpista levou à condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e outros réus.
Gonet elogiou, ainda, a parceria bem-sucedida entre Moraes e Fachin no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), onde já haviam trabalhado juntos. Para Gonet, a harmonia entre os dois magistrados é "penhor de tranquilidade de que a defesa viril e técnica dos valores constitucionais do país está assegurada".
Novo presidente
Fachin é conhecido pelo perfil técnico e discreto, e deve adotar uma gestão marcada pela institucionalidade e pelo espírito colegiado. A expectativa é de que evite os holofotes e siga uma linha semelhante à da ex-presidente Rosa Weber.
Ainda nesta semana, o novo presidente pauta temas de grande repercussão, como o julgamento sobre vínculo trabalhista entre motoristas e plataformas digitais.
A solenidade contou com a presença de autoridades dos Três Poderes, incluindo o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o vice Geraldo Alckmin (PSB).
Fachin optou por uma posse discreta e dispensou a festa que entidades da magistratura tradicionalmente oferecem em homenagem ao novo presidente do STF.


