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    Governo alfineta Bolsonaro com tweet sobre vacinação

    Publicação sobre o protocolo de imunização para viajar ao exterior foi feita na tarde de quarta-feira (3)

    Da CNN

    O governo federal aproveitou a situação gerada pela Operação Venire, da Polícia Federal (PF), para alfinetar o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) nas redes sociais, na quarta-feira (3).

    A conta da Secretaria de Comunicação da Presidência da República (Secom) fez uma publicação com informações sobre o protocolo de vacinação para viajar ao exterior.

    “Fique ligado! Muitos países ainda exigem o protocolo de vacinação para que brasileiros possam visitar. Portanto, informe-se antes de viajar. Além disso, é fundamental para a saúde pública que todos e todas estejam vacinados”, escreveu a Secom.

    https://twitter.com/govbr/status/1653870782123061249

    Na quarta-feira, a PF prendeu o ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL), o tenente-coronel Mauro Cid, em Brasília.

    CNN apurou que a filha e a esposa de Mauro Cid e também estão envolvidas na investigação da PF, porque teriam tido seus dados de vacinação adulterados também.

    Os policiais também realizaram busca e apreensão em um endereço ligado a Jair Bolsonaro (PL) em Brasília, no Jardim Botânico. É a casa onde o ex-presidente mora com Michelle Bolsonaro. O celular do ex-presidente foi apreendido pela Polícia Federal.

    Uma fonte da Polícia Federal (PF) informou à CNN que a filha de Bolsonaro teria dados alterados na carteira de vacinação contra Covid-19.

    Também foram presos Max Guilherme e o Sérgio Cordeiro, assessores de Bolsonaro que trabalhavam no Planalto, o secretário municipal de Governo da cidade de Duque de Caxias (RJ), João Carlos de Sousa Brecha, e o ex-major do Exército Ailton Gonçalves Moraes Barros.

    O deputado federal Gutemberg Reis (MDB-RJ), que teria fraudado o cartão de vacinação, foi alvo de busca e apreensão em Duque de Caxias, sua cidade natal. Ele é irmão do ex-prefeito da cidade Washington Reis (MDB).

    CNN apurou que a cidade de Duque de Caxias se envolve na investigação porque um dos registros encontrados no sistema da Saúde sobre a vacinação de Bolsonaro foi feito em um posto de saúde do município fluminense.

    No entanto, a investigação apontou que era um dado adulterado.

    O que dizem as defesas

    Mauro Cid:

    “Ainda não tivemos acesso ao inquérito, que é físico e sigiloso. Vamos declarar assim que obtivermos a cópia dos autos.”

    Gutemberg Reis:

    “O deputado federal Gutemberg Reis (MDB-RJ) informa que colaborou integralmente com os agentes da Polícia Federal, nesta quarta, 03 de maio, que estiveram no seu gabinete em Brasília. O parlamentar recebeu todas as doses da vacina, incentivou, por meio das redes sociais, a imunização da população e colocou sua carteira de vacinação à disposição. O deputado ainda está tomando conhecimento dos detalhes das investigações da Operação Venire.”

    Wajngarten não descarta hipótese de hackeamento de registro de vacina de Bolsonaro

    Fabio Wajngarten, advogado do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), não descartou um eventual hackeamento do registro de vacina contra a Covid-19 do ex-chefe de Estado. Ele ressaltou que esse é um “tema antigo”.

    “O tema de potencial hackeamento do cartão de vacina do presidente é um tema antigo. Desde 2021 que constaria, em tese, um certificado de vacina em um dia em que ele estava em Brasília, e a vacinação teria acontecido em São Paulo”, lembrou o advogado.

    Wajngarten reforçou que Bolsonaro não se vacinou contra a Covid-19 e que “nunca acessou, nunca soube senha, nunca manuseou o gov.br”. “O [ex-]presidente Bolsonaro jamais acessou qualquer informação no ConectSUS dele”, afirmou, pontuando que ele não tinha conhecimento de possíveis outros acessos.

    Sobre viagem aos Estados Unidos e necessidade de apresentar comprovação de imunização, o representante disse que “não houve nenhum pedido, até porque, para o presidente da República, não há obrigatoriedade de nenhum certificado”.

    “Para os países onde exigiam qualquer teste, qualquer vacina, ou o [ex-]presidente fazia o teste antes da viagem ou declinava o convite”, complementou.

    Paulo Cunha Bueno, outro advogado de Bolsonaro, pontuou que a filha do ex-presidente tem comorbidade que a impediu de receber dose do imunizante. Observou também que é de interesse da defesa de que o depoimento seja feito “o quanto antes”.

    (Publicado por Lucas Schroeder)

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