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    Governo federal diz ter destinado R$ 98,7 bilhões em ajuda ao Rio Grande do Sul

    Nesta conta estão investimentos, prorrogações e antecipações, linhas de crédito e ajuda humanitária; balanço foi divulgado nesta quarta-feira (11)

    Leonardo Ribbeiroda CNN , Brasília

    O ministro da Casa Civil, Rui Costa, garantiu que extinção da Secretaria Extraordinária para Reconstrução do Rio Grande do Sul não afetará a assistência do governo federal ao estado. “Tudo seguirá normalmente”, disse o ministro nesta quarta-feira (11), em Porto Alegre, ao divulgar um balanço das ações realizadas até o momento.

    A partir desta quinta-feira (12), uma secretaria vinculada à Casa Civil será responsável em tocar os projetos. Segundo Rui Costa, até então, foram destinados R$ 98,7 bilhões ao Rio Grande do Sul entre investimentos, ajuda humanitária e antecipações. Deste total, mais de R$ 42 bilhões foram pagos. “É uma injeção cavalar na economia”, afirmou.

    O governo dividiu as entregas em oito eixos. No primeiro deles, o emergencial, foram distribuídas 105 mil cestas básicas, 8 milhões de medicamentos e insumos, religados 557 mil pontos de energia elétrica e transportadas 32 mil toneladas de doações. Nesta etapa foram usadas 130 aeronaves, 850 embarcações, 5.200 veículos e 12 hospitais de campanha.

    No eixo institucional, segundo o balanço, além da criação de uma secretaria com status de ministério, foram pagos a 374 mil famílias o auxílio construção no valor de R$ 5.100; R$ 285 milhões em auxílio trabalhador – um salário-mínimo por dois meses e o compromisso da empresa em manter os empregos por 4 meses; 67 mil famílias foram adicionadas ao Bolsa Família e R$ 3,45 bilhões liberados do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS).

    No que diz respeito ao apoio a empresas, ao estado e municípios estão:

    • Suspensão do pagamento de financiamentos do BNDES, BB, Caixa e Finep;
    • Prorrogação de recolhimento de tributos federais em até 3 meses;
    • Suspensão do pagamento das operações de crédito rural;
    • Renegociação de dívidas;
    • Contratados quase R$ 3 bilhões via Pronampe;
    • Postergação da dívida do estado por 3 anos.

    Também foram pagos dez mil bolsas culturais no valor de R$ 5.500, além da reconstrução de 26 escolas e reforma de outras 199. Em emendas parlamentares, sobretudo para obras de infraestrutura, foram liberados R$ 1,3 bilhão nos últimos quatro meses.

    Na área de habitação estão previstas 24.800 moradias por meio do Minha Casa Minha Vida Reconstrução e outras 38.472 unidades habitacionais por outros braços do programa.

    “É muito importante que nós possamos manter essa capacidade de convergência, de entendimento, porque a gente tem obras muito grandes para serem realizadas. As de reconstrução naturalmente por si só já são um desafio, mais desafiadoras ainda são as de construção de sistemas de contenção de cheias, de resiliência das cidades”, acrescentou o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite.

    O que o eleitor pode e não pode levar para a urna no dia da votação?