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    Governo vai reduzir espaços de trabalho e tamanho de gabinetes de servidores

    A intenção do Ministério da Economia é reduzir o espaço entre gabinetes e permitir o compartilhamento de imóveis da União por funcionários de diferentes áreas

    Corredor com gabinetes no prédio do Congresso, em Brasília (8.mar.2019)
    Corredor com gabinetes no prédio do Congresso, em Brasília (8.mar.2019) Foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado

    Larissa Rodrigues e Anna Russi

    Da CNN, em Brasília

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    O Ministério da Economia vai publicar, até o fim do mês, medidas que autorizam a redução do espaço físico ocupado pelos mais de 600 mil servidores federais da ativa.

    Segundo a minuta de uma portaria à qual a CNN teve acesso, a intenção da nova legislação é cortar gabinetes, reduzir o espaço entre eles e permitir o compartilhamento de imóveis da União por funcionários de diferentes áreas da administração pública federal. A reorganização física vai começar pela pasta da Economia e depois deve ser ampliada aos demais ministérios. 

    Questionado por meio da assessoria de imprensa, o ministério informou, por meio de nota, que a medida visa melhorar o aproveitamento do espaço público. “O Ministério da Economia está empenhado em estabelecer novos normativos visando a maior racionalização de uso dos imóveis utilizados no serviço público pelos órgãos e entidades da administração pública federal direta, autárquica e fundacional, sejam próprios ou de terceiros”, diz o comunicado.

    Conforme o documento a que a CNN teve acesso, “ficam instituídos padrões de ocupação e parâmetros para o dimensionamento de ambientes em imóveis ocupados por órgãos do Ministério da Economia, objetos de obras de construção, reforma e ampliação de contratos de locação e suas prorrogações, de permuta e de compartilhamentos sob sua gestão e, quando aplicável, de outros órgãos”. 

    Os órgãos do Ministério da Economia considerados no texto reúnem aqueles de assistência direta e indireta ao ministro Paulo Guedes e outros específicos que são integrantes da estrutura da pasta. Os novos ambientes de trabalho, de acordo com o documento, terão uma área de trabalho coletivo, “destinada ao expediente de caráter transitório” e composta por estações de trabalho compartilhadas, além de equipamentos e móveis de apoio, que podem compor salas de reunião e ambiente de co-trabalho. 

    Para os servidores em cargos de chefia, que desempenham atividades de maior sigilo ou privacidade, serão disponibilizados escritórios fechados, que exigem uma área maior e “desfavorecem o compartilhamento de móveis e equipamentos”. Os demais funcionários devem trabalhar em um escritório amplo, que vai contemplar atividade de múltiplas equipes em conjunto.
     
    A reunião das equipes terá como objetivo “otimizar as instalações elétricas e lógicas, bem como viabilizar o compartilhamento de equipamentos e mobiliários”. Além disso, fica previsto um espaço multiuso, destinado a auditórios, ambientes de treinamentos, eventos e outras atividades. 

    Servidores ouvidos pela reportagem e que não quiseram se identificar temem que a portaria gere aglomerações em um momento de pandemia, contrariando recomendação da Organização Mundial da Saúde (OMS) de distanciamento das pessoas como forma de prevenção do novo coronavírus.

    Indagado sobre isso, o Ministério da Economia informou que tem “um protocolo de retorno seguro ao trabalho, seguindo as regras do Ministério da Saúde” e que “está atento ao distanciamento das pessoas, evitando aglomeração e  protegendo a saúde de todos os servidores e colaboradores”.

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