Investigados por golpe atuaram desde 2019 para manter Bolsonaro no poder, diz PF

Conclusão está em relatório tornado público nesta terça-feira (26)

Lucas Mendes e Luísa Martins, da CNN, Brasília
O ex-presidente Jair Bolsonaro desembarca no aeroporto Santos Dumont e fala sobre o julgamento no TSE que pode torná-lo inelegível.
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) é um dos 37 indiciados no caso  • 29/06/2023 - Tânia Rêgo/Agência Brasil
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A Polícia Federal (PF) concluiu que os investigados por uma suposta tentativa de golpe de Estado atuaram desde 2019 para manter o então presidente Jair Bolsonaro (PL) no poder.

A conclusão está no relatório final da investigação, tornado público nesta terça-feira (26).

“Os investigados atuaram de forma coordenada, mediante divisão de tarefas, desde o ano de 2019, com o emprego de grave ameaça para restringir o livre exercício do poder Judiciário e impedir a posse do governo legitimamente eleito com a finalidade de obter a vantagem relacionada a manutenção no poder do então presidente da República JAIR BOLSONARO”, disse a PF.

Segundo a PF, dados analisados na investigação apontam que os militares atuaram de “forma deliberada, sem conhecimento dos comandantes, em evidente quebra de hierarquia”. O objetivo, segundo o relatório, era estabelecer uma relação de confiança entre o GENERAL FREIRE GOMES e o então presidente da República JAIR BOLSONARO, “para que o então comandante do Exército aderisse a tentativa de Golpe de Estado, dando o suporte armado à ação que estava em curso”.

A Polícia Federal (PF) indiciou no caso o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e outras 36 pessoas.