Ipespe: 50% aprovam reação do governo ao tarifaço; 46% desaprovam

Foram ouvidas 2.500 pessoas entre os dias 19 e 22 de julho. A margem de erro é de 2 pontos percentuais para mais, ou para menos e o nível de confiança é de 95%

Manoela Carlucci, da CNN, São Paulo
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De acordo com uma pesquisa Pulso Brasil/Ipespe divulgada nesta quinta-feira (24), 50% da população aprova o comportamento do governo federal, diante das tarifas anunciadas por Donald Trump aos produtos importados do Brasil.

Aqueles que não aprovam são 46% e 5% optou por não responder.

Seguindo a posição ideológica dos perfis entrevistados, dentre aqueles que se consideram de esquerda, 88% aprovam a resposta do governo comandado por Luiz Inácio Lula da Silva (PT), enquanto 10% desaprova.

Dentre os que se enquadram numa posição mais de centro, 62% aprovam e 34% desaprovam.

Já entre os que se dizem de direita, a posição muda um pouco e, pela primeira vez, o nível de aprovação é mais baixo do que o de desaprovação. Aqui, 16% dos entrevistados aprova a postura do governo federal e 81% desaprovam.

Para realização do levantamento foram ouvidas 2.500 pessoas entre os dias 19 e 22 de julho. A margem de erro é de 2 pontos percentuais para mais, ou para menos e o nível de confiança é de 95%.

Tarifas

No início deste mês, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou que vai aplicar, a partir do dia 1º de agosto, uma tarifa de 50% sobre os produtos brasileiros.

Em uma carta endereçada ao presidente Lula e publicada em sua rede social, a Truth Social, Trump atribui a cobrança e cita uma relação que diz ser injusta entre o STF (Supremo Tribunal Federal) e o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

Anteriormente, o presidente dos Estados Unidos já tinha defendido publicamente Bolsonaro, alegando que o ex-mandatário brasileiro sofre uma "caça às bruxas" no âmbito do inquérito em que é réu na Suprema Corte.

As publicações incomodaram Lula, que, durante uma entrevista, disse que a carta de Trump ter sido publicada em rede social foi "total falta de respeito".

Na última quarta-feira (23), o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que o governo federal está tentando negociar a tarifa.

“Estamos fazendo tentativas de contato reiteradas, mas há uma concentração de informações na Casa Branca. Alckmin está tendo contato com secretários. No nosso caso da Fazenda, temos contato com a equipe técnica do Tesouro americano, mas não com o secretário”, disse Haddad na portaria do ministério da Fazenda.