Justiça determina que advogada de Deolane compareça à CPI das Bets
Adélia de Jesus Soares havia sido convocada para prestar esclarecimentos no dia 29 de abril, mas não compareceu

O juiz Silvio Gemaque, da 10ª Vara da Justiça Federal de São Paulo, atendeu, nesta sexta-feira (9), a um pedido dos parlamentares da CPI do Senado que apura irregularidades envolvendo casas de aposta para que a advogada Adélia de Jesus Soares, que representa a influenciadora digital Deolane Bezerra, seja conduzida coercitivamente para prestar depoimento como testemunha na Comissão.
De acordo com a decisão, o depoimento deverá ocorrer no dia 14 de maio, às 11h30. Adélia havia sido convocada para depor no dia 29 de abril, mas não compareceu.
Segundo requerimento da relatora da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), senadora Soraya Thronicke (Podemos-MS), Adélia seria sócia da empresa Payflow Processadora de Pagamentos LTDA e foi indiciada pela Polícia Civil do Distrito Federal pelos crimes de falsidade ideológica e associação criminosa.
A advogada nega ser sócia da empresa. Ela afirma que atuava apenas como representante da empresa Peach Blossom River Technology (nome fantasia Playflow) e nunca figurou como sócia no contrato social.
As investigações apontam que a advogada teria colaborado com uma organização estrangeira para estruturar e operar ilegalmente jogos de azar no Brasil, utilizando a empresa Playflow como fachada.
De acordo com a CPI, a Playflow teria sido usada para realizar movimentações financeiras suspeitas, com fortes indícios de lavagem de dinheiro e transações irregulares, em desacordo com as normas do Banco Central.
As operações envolveriam documentos falsos e mecanismos fraudulentos. A empresa também estaria ligada a uma companhia registrada nas Ilhas Virgens Britânicas, o que sugere a internacionalização das atividades ilícitas.
A CNN busca contato com a defesa da advogada Adélia de Jesus Soares.