Lewandowski compara conflito entre Musk e Moraes com o embate do TikTok nos EUA
Declaração foi dada durante participação do ministro em um evento sobre impactos da Inteligência Artificial no mundo
O ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, comparou o conflito entre o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, e o dono da rede social “X”, Elon Musk, com a atuação dos Estados Unidos em relação o funcionamento do TikTok no país.
A declaração foi dada nesta sexta-feira (20), durante a participação do ministro em um evento em São Paulo que estava discutindo os impactos setoriais da Inteligência Artificial no mundo, promovido pela Unisa (Universidade de Santo Amaro).
“Ideologicamente, esse mesmo braço de ferro que os Estados Unidos estão cavando com o TikTok, nós agora no Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes, atesta lavando com o ‘X’ do Elon Musk, que supostamente estaria a serviço de grupos de extrema direita”, pontuou.
Anteriormente, Lewandowski disse que o TikTok, que pertence à China, e que é maciçamente adotada pelos jovens americanos e no mundo todo, está sendo proibido nos EUA.
Ele citou a lei que prevê que ou a plataforma vende o controle acionário para um grupo americano, ou então terão que sair dos Estados Unidos porque está, supostamente, a serviço dos interesses estratégico dos chineses no país.
De acordo com Lewandowski, o avanço da Inteligência Artificial no planeta traz preocupações de caráter geopolítico.
“Elon Musk não está só no Brasil, está na Hungria, está na Índia, está na China, ora fazendo concessões, ora fazendo repressões às mensagens que ele emite fazendo a censura”, disse o ministro.
Para ele, essas são questões sérias que podem abalar o sistema político de muitos países.
“Muitos ainda e, com razão, temem pela manutenção ou pela sobrevivência dos padrões tradicionais de vida cultural, social e mesmo religiosa de várias comunidades”, ressaltou.
Lewandowski disse que TikTok vai conquistando os corações e mentes dos jovens mandando mensagens e dominando.
“A China tem essa pretensão de dominar o mundo militarmente, economicamente, politicamente, ideologicamente”, concluiu.
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