Lula diz que isenção do IR até R$ 5 mil "corrige uma grande injustiça"

Proposta foi enviada pelo governo e contou com a relatoria do ex-presidente da Câmara Arthur Lira (PP-AL)

Leticia Martins, da CNN
Presidente Luiz Inácio Lula da Silva
Presidente Luiz Inácio Lula da Silva  • Ricardo Stuckert / PR
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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) comentou, nesta quinta-feira (2), a aprovação da isenção do Imposto de Renda (IR) para quem ganha até R$ 5 mil e o desconto progressivo para salários de até R$ 7.350. Para o mandatário, a proposta "corrige uma grande injustiça com trabalhadores brasileiros".

"A aprovação da isenção do imposto de renda, por unanimidade na Câmara dos Deputados, corrige uma grande injustiça com trabalhadoras e trabalhadores brasileiros", escreveu Lula no X.

"Uma injustiça que combatemos desde o primeiro ano de nosso governo. Desde 2023, já reajustamos a tabela três vezes. E agora, vamos garantir isenção para quem recebe até R$ 5 mil a partir de 2026", continuou.

A proposta foi enviada pelo governo do presidente Lula e contou com a relatoria do deputado Arthur Lira (PP-AL), ex-presidente da Câmara.

 

Lula afirmou ainda que o projeto aprovado ontem "beneficia 10 milhões de trabalhadores e trabalhadoras, que vão passar a ser isentos. E mais 5 milhões, que vão pagar menos imposto. Elas vão se somar a outras 10 milhões de pessoas que já pararam de pagar IR com os reajustes que fizemos desde 2023", e destacou também que "um grupo de pessoas muito ricas vai passar a contribuir com o mínimo. O nome disso é justiça tributária".

A isenção, que era uma promessa de campanha de Lula, obteve 493 votos favoráveis. O projeto é visto como um importante ativo eleitoral para uma possível campanha de reeleição do chefe do Executivo no próximo ano. Com a aprovação, a medida agora vai para a análise do Senado Federal.

A expectativa, segundo a ministra de Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, é de que o texto seja aprovado rapidamente pelos senadores. “Eu tenho visto, por parte dos senadores, das lideranças, uma receptividade muito grande a esse projeto”, disse.

Se aprovado no Senado, o texto precisa ser sancionado pelo chefe do Executivo ainda este ano para ter validade em 2026.