Lula fala em “guerra” à violência contra mulher dias após declarar : “Se é corintiano, tudo bem”

Presidente não deu detalhes sobre medidas que pretende tomar

Stêvão Limana, da CNN, São Paulo
O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), participa da cerimônia de inauguração no campus Osasco da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), na Grande São Paulo, em 05 de julho de 2024
O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT)  • André Ribeiro/TheNews2/Estadão Conteúdo
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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) anunciou a intenção de realizar uma “guerra” para combater a violência contra a mulher. A declaração foi feita durante convenção do Partido dos Trabalhadores (PT), neste sábado (20), em São Bernardo do Campo (SP). Lula participou, ao lado do vice-presidente Geraldo Alckmin e dos ministros Luís Marinho e Paulo Teixeira.

“A família, para mim, é uma coisa sagrada. O homem que é homem e tem fé em Deus não pode nunca levantar a mão para agredir uma mulher. Não pode! A violência contra a mulher é muito grande. E a gente vai fazer uma guerra. Vamos fazer uma guerra (contra)”, disse Lula durante seu discurso.

Entretanto, o presidente não deu mais detalhes sobre as medidas que pretende tomar em relação à questão.

A fala ocorre quatro dias após o presidente ter comentado, durante uma reunião em Brasília (DF), uma pesquisa que relaciona o aumento dos números de casos de violência doméstica a partidas de futebol.

“Hoje, eu fiquei sabendo de uma notícia triste. Eu fiquei sabendo que tem pesquisa, Haddad, que mostra que, depois de jogo de futebol, aumenta a violência contra a mulher. Inacreditável… se o cara é corintiano, tudo bem. Mas eu não fico nervoso quando perco. Eu lamento profundamente”, afirmou o presidente na última terça-feira (16).