Lula inaugura parque linear para a COP30 em Belém

Governo federal investiu R$ 312,2 milhões no projeto de 24 mil metros quadrados com área revitalizada ao longo de 1,2 quilômetro de canal

Tayana Narcisa, da CNN
Parque Linear em Belém para a COP30  • Alexandre Costa/Ag. Pará
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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) inaugurou na noite nesta quinta-feira (2), em Belém, o Parque Linear da Nova Doca, a primeira grande obra concluída para a COP30 (Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima), que acontece na capital paraense em menos de 40 dias.

O parque, localizado na Avenida Visconde de Souza Franco, no bairro do Reduto, recebeu um grande investimento de R$ 312,2 milhões do governo federal e soma quase 24 mil metros quadrados de área revitalizada ao longo de 1,2 quilômetro de canal.

A entrega foi feita ao lado do governador do Pará, Helder Barbalho (MDB), em um ato considerado simbólico para o início dos legados que o evento internacional deixará à cidade.

Detalhes da Obra

O projeto inclui ciclovia, iluminação em LED, passarelas, paisagismo, quiosques com banheiros, brinquedos acessíveis, redário e áreas de esporte e lazer.

Além disso, também foram instalados painéis solares com pontos de recarga para celulares. O projeto integra a frente ribeirinha da capital, conectando-se a outro ponto turístico da cidade, o Porto Futuro e fazendo um resgate da relação histórica da cidade com seus rios.

“É um marco de transformação para Belém. A Nova Doca deixa de ser apenas uma avenida para se tornar um símbolo da cidade que estamos preparando para a COP30: moderna, sustentável e de frente para sua história e seu povo”, destacou o governador Helder Barbalho.

Trabalho e história

A obra foi executada pela Secretaria de Estado de Obras Públicas em parceria com o governo federal, por meio da Itaipu Binacional. Agora, o espaço passa a ter novas funções sociais, ambientais e turísticas.

Antes de se tornar avenida, a Doca foi um igarapé conhecido como Igarapé das Almas, referência a lendas de aparições sobrenaturais. Mais tarde, no período da Cabanagem, ganhou o nome de Igarapé das Armas, por ter servido como esconderijo de armamentos.

Urbanizada em 1851 como “Doca do Imperador”, a região viveu momentos de auge no ciclo da borracha e, posteriormente, entrou em decadência. As intervenções mais recentes, feitas nos anos 1970 e 1990, priorizaram infraestrutura de saneamento, mas pouco abriram o espaço para uso público.

Achado arqueológico

Durante as escavações, foi encontrada uma embarcação metálica soterrada, possivelmente do ciclo da borracha, além de fragmentos de louças e garrafas dos séculos XVIII e XIX.