Mabel assume Prefeitura de Goiânia e agradece verba do governo Lula para saúde
Área passa por crise sem precedentes e foi alvo de intervenção estadual; prefeito recorre de cassação
O prefeito de Goiânia, Sandro Mabel (União), tomou posse nesta quarta-feira (1º) agradecendo ao governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pelo envio de uma verba suplementar para a saúde municipal.
A área enfrenta uma crise sem precedentes e foi alvo de intervenção estadual determinada pela Justiça. No fim de novembro, o Secretário de Saúde da cidade, Wilson Pollara, foi preso sob suspeita de irregularidades na pasta.
“Obrigado também ao nosso governo federal, que teve a sensibilidade de poder nos ajudar. Ministra Nisia [Trindade], o ministro [Alexandre] Padilha e ao nosso presidente Lula também”, afirmou o prefeito, que foi eleito com apoio do governador Ronaldo Caiado (União), oposicionista do petista.
“Quando expliquei problema da saúde de Goiânia, fomos a Brasília, o senador [Jorge Kajuru] nos levou à ministra da Saúde e fomos também ao Palácio do Planalto e conseguimos uma verba suplementar, uma verba especial, e que ela saiu, e está sendo entregue, caindo nos cofres da Prefeitura talvez amanhã ou essa semana”, prosseguiu durante o evento na Universidade Federal de Goiás (UFG).
Segundo o prefeito, a verba vai garantir o pagamento de médicos, enfermeiros e fornecedores.
Presente da cerimônia, o senador Jorge Kajuru (PSB-GO) disse que o valor total dos recursos é de R$ 80 milhões.
Condenação
Mabel tomou posse tendo contra si uma condenação pela Justiça Eleitoral de Goiás. Decisão de primeira instância cassou o registro eleitoral do prefeito, em 11 de dezembro.
O recurso apresentado ao Tribunal Regional Eleitoral do estado (TRE-GO) está pendente de julgamento.
A condenação precisa ser confirmada na última instância da Justiça Eleitoral para os efeitos terem validade.
Problemas
Conforme mostrou a CNN, além das dificuldades no setor da saúde, Goiânia enfrenta graves problemas financeiros e na mobilidade urbana.
Em seu discurso de posse, Mabel citou medidas para essas duas áreas.
Nas contas públicas, falou em adotar “medidas duras, porém necessárias” de contenção de gastos e “rearranjo da administração”.
“Precisamos entender que mudou a gerência, e a gerência nova vai exigir de cada um, principalmente dos secretários e secretárias. Essas medidas poderão não agradar a todos, mas certamente agradarão à maioria”, declarou.
“Serão inicialmente tempos difíceis, vamos pegar uma cidade cheia de problemas”.
Sobre mobilidade, Mabel anunciou o compartilhamento dos corredores de ônibus com as motos e mudanças na conversão de vias.
Partidos do Centrão vão comandar 63% das prefeituras do país
