Malafaia instigou e auxiliou Bolsonaro a violar cautelares, diz PF
Segundo a PF, pastor "atuou com adesão subjetiva ao intento criminoso" ao ajudar o ex-presidente na reprodução de conteúdos nas redes

Uma das principais vozes do bolsonarismo, o pastor Silas Malafaia instigou e auxiliou o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) a descumprir medidas cautelares impostas pelo ministro do STF (Supremo Tribunal Federal), Alexandre de Moraes, aponta relatório da Polícia Federal tornado público nesta quarta-feira (20).
Segundo a PF, Malafaia “atuou com adesão subjetiva ao intento criminoso” ao ajudar Bolsonaro na reprodução de conteúdos nas redes sociais.
Ao periciar o celular apreendido do ex-presidente, a PF constatou que o pastor indicava “de forma precisa” os melhores horários para Bolsonaro realizar as postagens e o canal mais adequado para o compartilhamento, a fim de amplificar a audiência e atingir o maior número de pessoas possível.
Jair Bolsonaro e seu filho Eduardo foram intimados pela Polícia Federal nesta quarta-feira, no âmbito das investigações sobre um suposto conluio entre os dois para coordenar a direita estrangeira contra a soberania nacional.
Em paralelo, Malafaia foi alvo de busca e apreensão no Aeroporto Internacional do Galeão, no Rio de Janeiro. O pastor estava voltando de um voo que vinha de Lisboa, Portugal. O celular do pastor também passará por perícia da PF.
Segundo a decisão, a PF e a PGR apresentaram evidências de que Malafaia, em conjunto com o ex-presidente e seu filho, estariam envolvidos em crimes de coação no curso do processo e obstrução de investigação.


