Ministério da Justiça vai criar “banco de IMEIs” para recuperar celulares
Consulta de celulares roubados estará disponível de forma gratuita na internet, segundo secretário-executivo da pasta
Com a nova versão do programa “Celular Seguro”, o Ministério da Justiça está criando um banco de dados com IMEIs de todos os celulares brasileiros. O IMEI é um número, como se fosse chassi de um carro, que cada aparelho celular tem.
A ideia, segundo o secretário-executivo do MJ, Manoel Carlos de Almeida Neto, disse à CNN, é que com base nesse cadastro nacional o aparelho possa ser recuperado de forma mais célere pelas polícias dos estados.
O banco de IMEIs já tem parceria com a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) e todas as operadoras de telefonia. Com base no IMEI é possível saber a localização de cada aparelho celular no Brasil.
Nesse banco, também será possível consultar de forma gratuita a situação de um celular antes de comprá-lo. Todas as restrições, se houver, constarão no sistema.
Esse banco faz parte do escopo do programa Celular Seguro. Na tela inicial da ferramenta, seja no site ou aplicativo, há a opção “Celulares com Restrição”. Ao clicar, o usuário pode digitar o IMEI com 15 números ou utilizar “Ler código de barras”. Ao clicar nessa última opção, a câmera do telefone abrirá.
Para a consulta, o usuário precisa informar o IMEI e logo em seguida recebe a informação.
Quem faz parte do Celular Seguro, na outra frente (de bloqueio ou recuperação) já tem automaticamente seu IMEI cadastrado na plataforma.
Alertas de celular roubado
Segundo o secretário do MJ, haverá, também, uma campanha nacional para que todos os brasileiros se cadastrem na plataforma Celular Seguro e saibam da nova função que existe, a de “recuperação” (botão laranjado). Com ela, o usuário bloqueia o aparelho caso seja roubado, mas consegue acessar novamente quando for recuperado.
Com base nesse sistema, o MJ vai enviar o comunicado às polícias dos estados informando a localização do aparelho roubado. Assim, a Polícia Civil do estado abrirá inquérito para investigar a rota dos criminosos até o celular chegar àquela localidade. Ao recuperar, o dispositivo é devolvido à vítima de furto ou roubo.
Já o banco de IMEIs ajudará com a geolocalização, junto à Anatel e as operadoras, e, assim, ter o ponto exato de onde o aparelho está.