Eleições 2022

Ministro do TSE suspende postagem que associa Bolsonaro a ato criminoso

Publicação foi feita pela candidata Gleisi Hoffmann no Twitter

Gabriela Coelho, da CNN, Brasília
O presidente Jair Bolsonaro em Copacabana, no Rio de Janeiro, na comemoração do bicentenário da Independência  • Vinicius Lima/Futura Press/Estadão Conteúdo
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O ministro Paulo de Tarso Sanseverino, do Tribunal Superior Eleitoral, determinou a remoção de uma postagem na qual a candidata à reeleição Gleisi Hoffmann teria publicado informações supostamente inverídicas no Twitter que ofendeu a honra do candidato à reeleição ao cargo de presidente da República, Jair Bolsonaro (PL), o associando a uma conduta criminosa.

O ministro analisou uma representação apresentada pela Coligação Pelo Bem do Brasil, de Jair Bolsonaro, alegando que a postagem foi visualizada por milhares de pessoas. Segundo a ação, Gleisi teria ofendido a honra e a imagem do candidato ao atribuir a ele a condição de mandante de um assassinato.

Na postagem, Gleisi afirmou que conversou “com o irmão do Benedito Cardoso dos Santos, barbaramente torturado e assassinado por um bolsonarista em MT. Vamos acompanhar juridicamente o caso para q o assassino seja punido. Mas queremos da justiça eleitoral providências para o mandante do crime: Jair Bolsonaro".

Segundo o ministro, ficou demonstrada de forma suficientemente satisfatória que a manifestação é, em tese, capaz de ofender a honra do candidato Jair Bolsonaro ao responsabiliza-lo como mandante de um crime de assassinato.

“Ficou evidenciado o perigo na demora da prestação jurisdicional, tendo indicado que a manutenção da divulgação da declaração atacada durante o período eleitoral pode, teoricamente, ter repercussão negativa na imagem do candidato, gerando-lhe prejuízos eleitorais”.

O ministro deu ainda um prazo de dois dias para apresentar defesa e o mesmo prazo para o Ministério Público Eleitoral se manifestar.

Procurada, a assessoria de Gleisi não se manifestou ainda.

A campanha de Bolsonaro também foi procurada e não se manifestou.