Eleições 2022

MPT recebeu quase 200 denúncias de assédio eleitoral nas eleições de 2022 até agora

Região Sul lidera número de casos; Paraná é o estado com o maior número de queixas

Carolina Figueiredo, da CNN, em São Paulo
Prédio do Ministério Público do Trabalho
Prédio do Ministério Público do Trabalho  • Foto: Divulgação/MPT
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O Ministério Público do Trabalho (MPT) recebeu, desde o começo das eleições deste ano, 197 denúncias de casos de assédio eleitoral em empresas de todo o país. A região Sul tem o maior número de acusações, com 103 – sendo 42 no Paraná, estado com maior número de queixas.

Na última sexta-feira (7), o MPT emitiu uma nota técnica para orientar a atuação dos procuradores frente às denúncias de episódios de assédio eleitoral no ambiente de trabalho, que, segundo o órgão, se intensificaram nas últimas semanas.

O documento afirma que a prática do assédio eleitoral é caracterizada a partir de “uma conduta abusiva que atenta contra a dignidade do trabalhador, submetendo-o a constrangimentos e humilhações, com a finalidade de obter o engajamento subjetivo da vítima em relação a determinadas práticas ou comportamentos de natureza política durante o pleito eleitoral”.

A nota reforça ainda que o empregador que praticar assédio eleitoral pode ser penalizado tanto na esfera trabalhista quanto na esfera criminal. As condenações podem resultar em pena de reclusão de até 4 anos.

Além das recomendações aos empregadores, o texto orienta procuradores e procuradoras a promoverem ações institucionais conjuntas com os Tribunais Regionais do Trabalho e os Tribunais Regionais Eleitorais, de forma a coibir a prática de coação ou assédio eleitoral no âmbito das relações de trabalho.

Veja os estados com mais denúncias:

  • Paraná: 42
  • Santa Catarina: 31
  • Rio Grande do Sul: 30
  • São Paulo: 23
  • Minas Gerais: 11