Mundo passou a ver Amazônia como terra sem lei, diz Lula sobre assassinatos de Bruno Pereira e Dom Phillips
Mortes do indigenista e do jornalista inglês completam um ano nesta segunda-feira (5); presidente reiterou compromisso de redução de carbono e desmatamento zero até 2030

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou, nesta segunda-feira (5), que a Amazônia passou a ser vista como "terra sem lei" após os assassinatos do indigenista Bruno Pereira e do jornalista inglês Dom Phillips, que completam um ano hoje.
Lula discursou durante cerimônia do Dia Mundial do Meio Ambiente, no Palácio do Planalto, em Brasília. O evento contou também com a participação da ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, que prestou homenagem a Bruno e Dom.
"Bruno e Dom mereciam e deveriam estar aqui hoje, nesse momento em que eles teriam o governo brasileiro como aliados e não como inimigos, ao contrário do que aconteceu nos últimos quatro anos. A melhor maneira de honrá-los é garantir que sua luta não tenha sido em vão", declarou Lula.
O presidente assinou uma série de decretos voltados à preservação do meio ambiente e, em específico, da região amazônica. O petista reiterou o compromisso de cumprir as metas de redução de carbono e desmatamento zero até 2030.
"No G7, fui categórico em afirmar que o Brasil voltará a ser referência mundial em sustentabilidade. O Brasil é responsável, em grande parte, pelo equilíbrio climático do planeta", disse Lula.
O mandatário ressaltou ainda que, ao longo da COP-28, que ocorrerá em Dubai em novembro, cobrará o crédito de US$ 100 bilhões anuais prometido por países desenvolvidos para financiamento climático.
"Os países ricos prometem aquilo que não podem dar ou que não querem dar. Chega de promessa. O povo da Amazônia quer viver, trabalhar, comer, estudar e passear. E, para preservar a Amazônia, é preciso cuidar desse povo, dessa fauna, dessa floresta", acrescentou Lula.