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    Na Câmara, projeto fixa medidas para enfrentar racismo científico; entenda

    PL também cria dia nacional para divulgação de conhecimento científico antirracista

    Leticia Martinsda CNN , São Paulo

    Na Câmara dos Deputados, o Projeto de Lei 3292/23, que fixa medidas para o enfrentamento do racismo científico por meio de campanhas públicas, ações educativas, divulgação de memórias de violações de direitos, dentre outros movimentos, está em análise na Casa.

    O texto define o racismo científico como a prática discriminatória pseudocientífica, onde se deduz que as diferenças raciais são biologicamente determinantes para definir características físicas e psicológicas, superiores ou inferiores.

    O PL também cria o Dia Nacional Jacinta Maria de Santana de Enfrentamento ao Racismo Científico, no dia 26 de novembro, em todo o território nacional.

    A criação do dia tem como objetivo:

    • estimular a pesquisa e o avanço de estudos que explorem a ocorrência e os efeitos do racismo científico em diversas áreas do saber, com o objetivo de descontruir essas teorias
    • potencializar a produção e a divulgação de conhecimento científico antirracista
    • fomentar a inclusão e a representatividade de pessoas negras nos ambientes científicos e acadêmicos

    Jacinta foi uma mulher negra que morreu em São Paulo, no ano de 1900. Após falecer, um professor de medicina legal embalsamou o corpo dela e a fez de objeto de estudo.

    “Discursos eugenistas”

    De acordo com a autora do projeto, deputada Talíria Petrone (PSOL-RJ), o racismo científico é um dos pilares para a propagação de discursos eugenistas.

    O discurso eugenista foi um conceito essencialmente social, visando à exclusão de elementos indesejados da sociedade, a fim de “melhorar” geneticamente a população.

    “A ideologia do racismo científico remonta aos primórdios da teoria da evolução de Charles Darwin, que afirmava a existência de raças inferiores capazes de evoluir ao longo do tempo”, explica a deputada. “Posteriormente, essas teorias foram usadas para justificar a comparação entre pessoas negras e animais, como o macaco”, acrescenta Petrone.

    *Com informações da Agência Câmara