Na Itália, Flávio diz que o país tem “perseguidos políticos” do Brasil

Senador participou de comício de partido de direita italiano

Da CNN Brasil
Comissão de Segurança Pública (CSP) realiza audiência pública interativa para discutir os fatos descritos no relatório investigativo intitulado “Arquivos do 8 de Janeiro: por dentro da força-tarefa judicial secreta para prisões em massa”, publicado pela organização internacional Civilization Works. Mesa: presidente da CSP, senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ); autor do REQ 18/2025-CSP, senador Magno Malta (PL-ES). Foto: Saulo Cruz/Agência Senado
O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ)  • Saulo Cruz/Agência Senado
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Durante um comício do partido de direita italiano Liga, o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) afirmou que a Itália tem “perseguidos políticos” do Brasil.

“Há perseguidos políticos no Brasil até aqui na Itália. Carla Zambelli e Eduardo Tagliaferro vieram para a Itália por acreditarem ser um local mais seguro do que o Brasil”, disse o senador.

Flávio ainda apelou para que o governo italiano não extradite a deputada federal Carla Zambelli (PL-SP). "Lá [no Brasil] ela poderá morrer na cadeia injustamente”, argumentou.

Presa da Itália desde julho, a deputada acumula duas condenações no STF (Supremo Tribunal Federal), que juntas somam mais de 15 anos de prisão. Ela aguarda a conclusão de um processo de extradição.

Ao longo de sua fala, o senador também citou o caso de seu irmão, deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), que, segundo ele, está “exilado” nos Estados Unidos.

“Meu irmão, o deputado Eduardo Bolsonaro, é mais uma vítima dele [Alexandre de Moraes] e está exilado com sua família nos Estados Unidos. Esse mesmo juiz o proibiu de falar com Jair Bolsonaro. Isso mesmo: um juiz proibiu o filho de falar com o próprio pai”, disse.

Flávio viajou a Itália acompanhado dos também senadores Magno Malta (PL-ES), Eduardo Girão (Novo-CE) e Damares Alves (Republicanos-DF) para uma visita a Zambelli.

No último sábado (20), o parlamentar afirmou que deve se reunir com o vice-primeiro-ministro italiano, Matteo Salvini (filiado ao Liga), na próxima terça-feira (23) para tratar do caso da deputada brasileira.