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    Negociação entre Centrão e Lula pela Caixa avança e pode sair nos próximos dias

    Nova presidência da Caixa Econômica deve ser ocupada por um homem e vice-presidências divididas entre partidos do centrão, incluindo PSDB; presidente será indicado por Lira

    Tainá Farfanda CNN , Brasília

    A nova presidência da Caixa Econômica Federal, que será indicada pelo presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), deve ser ocupada por um homem. A informação foi confirmada à CNN por fontes da cúpula do Progressistas que articulam a negociação com o governo.

    Até o momento, o principal nome era o da ex-deputada Margareth Coelho para ocupar a vaga de Rita Serrano. O nome de Gilberto Occhi, ex-presidente do banco, também chegou a ser ventilado, mas não deve ser o escolhido.

    A informação dos bastidores é que a cúpula do PP divergiu, nos últimos dias, em relação ao nome ideal para a vaga, mas teriam chegado a um acordo.

    O nome do provável futuro presidente, no entanto, tem sido guardado a sete chaves pela cúpula do PP e deve ser apresentado por Lira à Lula nesta semana, a partir de terça-feira (12).

    A expectativa é que o impasse em torno da negociação pela Caixa Econômica seja resolvido nos próximos dias, paralelo à nomeação e posse dos novos ministros André Fufuca (PP-MA) no Esporte e Silvio Costa Filho (Republicanos-PE) em Portos e Aeroportos.

    Nos bastidores, parlamentares e assessores reclamam da dificuldade de acesso à atual presidente do banco estatal, Rita Serrano.

    Interlocutores do Centrão também relataram à CNN que os impasses em relação às 12 vice-presidências, que estavam empacando um desfecho da negociação, foram resolvidos.

    As vices devem ser divididas entre indicados pelo PP, União Brasil, Republicanos, MDB — e até PSDB. O PT resistia em entregar ao centrão pelo menos duas vice-presidências, entre elas a de Habitação — responsável por conduzir os negócios habitacionais, como o programa Minha Casa, Minha Vida.

    Já interlocutores do Palácio do Planalto afirmaram à reportagem que a presidência da Caixa deve ser entregue, mas “não existe porteira fechada”, se referindo à possível entrega de todas as vice presidências ao centrão.

    Em nota, a gestão da Caixa comentou sua relação com parlamentares, governadores e demais atores políticos. Confira:

    A Caixa esclarece que realiza, cotidianamente, relacionamento institucional com agentes políticos, por meio de audiências agendadas com executivos e membros da alta administração do banco. Todas as solicitações de audiências têm sido atendidas regularmente, sendo que em 2023 foram registradas, até o momento, 366 audiências com governadores, parlamentares e prefeitos, o que representa um aumento de mais de 50% em relação ao ano inteiro de 2022. A presidenta Maria Rita Serrano participou de 49 destas audiências, além das visitas institucionais em diversas regiões.

    Com o objetivo de potencializar negócios e apoiar a execução das políticas públicas do Governo, como as obras do PAC, a presidenta e equipe técnica da CAIXA também têm viajado a diversos estados, para tratar de tais questões com os governadores e agentes públicos locais.

    A CAIXA ressalta que dispõe de Superintendência Nacional com foco no relacionamento institucional com parlamentares e enfatiza que a atual gestão reativou as salas de atendimento às cidades e estados para oferecer apoio técnico especializado com prestação de assessoramento institucional e negocial aos gestores públicos.

    Por meio das salas, a CAIXA coloca à disposição todo seu corpo técnico para auxiliar os gestores públicos locais na estruturação de projetos que podem impulsionar o desenvolvimento econômico e social.

    As salas são exclusivas para atendimento e utilizadas por representantes de estados e munícipios para suporte técnico em projetos do setor público, assinatura de contratos de repasse, financiamento, empreendimentos habitacionais, reuniões, entre outros. Atualmente, o banco possui 74 salas distribuídas por 65 cidades pelo país.

    Veja também: Especialista comenta sobre discurso de Lula no G20

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