O Grande Debate: Hugo deve reagir ou acalmar ânimos após ocupação?
Após uma série de conversas, que incluíram o ex-presidente da Casa Arthur Lira (PP-AL), Hugo conseguiu dar início aos trabalhos no plenário
O comentarista José Eduardo Cardozo e o empresário e ex-deputado federal Alexis Fonteyne discutiram, nesta quinta-feira (7), em O Grande Debate (de segunda a sexta-feira, às 23h), se o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), deve reagir ou acalmar os ânimos após a ocupação da Mesa Diretora da Casa por parlamentares da oposição.
Após uma série de conversas, que incluíram o ex-presidente da Casa Arthur Lira (PP-AL), Hugo conseguiu dar início aos trabalhos no plenário. A ocupação durou mais de 24 horas.
Cardozo defende que Hugo deve fazer as duas coisas.
“Se por um lado ele deve acalmar a situação, utilizar o seu poder presidencial, sua habilidade para baixar os ânimos, de outro lado ele deve reagir com vigor, punindo os deputados que transgrediram o regimento de ética da Câmara”, disse.
“A minoria tem o direito de obstruir as sessões usando o regimento, a sua fala, a sua articulação política, tudo isso é legítimo em uma democracia. Agora, obstrução física, impedir que as sessões sejam realizadas é inaceitável”, prosseguiu.
Fonteyne diz ser óbvio que Hugo tem que acalmar os ânimos.
“Esses deputados tiveram o trabalho fantástico de mostrar para o Brasil, mostrar iniciativa, mostrar que não se aceita o que aconteceu. [...] Esses deputados mostraram a violação dos direitos humanos e eu não estou só falando de Jair Bolsonaro, estou falando de todo o povo brasileiro”, opinou.
“Hugo Motta tem em suas mãos uma missão: restabelecer uma democracia. Não é mais uma questão de anistia, é uma questão de anulação do processo. Essas pessoas estão presas injustamente”, continuou.