William Waack

Os privilégios no Brasil são inacreditáveis, afirma Bolívar Lamounier

Sociólogo aponta necessidade de privatizações, abertura econômica e redução de gastos federais para impulsionar o desenvolvimento do país

Da CNN, da CNN, São Paulo
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O sociólogo Bolívar Lamounier fez uma análise contundente sobre a situação econômica e política do Brasil, defendendo a necessidade de reformas profundas para superar a estagnação do país. Em entrevista, Lamounier argumentou que o Brasil precisa ser "reformado de cima para baixo", com mudanças significativas nos níveis mais altos do poder e nas instituições políticas.

Segundo o sociólogo, há um consenso entre economistas e empresários sobre as medidas necessárias para impulsionar o crescimento econômico. "É privatizar e abrir mais a economia", afirmou Lamounier, destacando que estas seriam as principais ações para tirar o país da estagnação.

Lamounier enfatizou a importância de reduzir os gastos do governo federal, argumentando que uma parcela significativa desses recursos é "simplesmente roubada". Ele criticou os privilégios existentes no país, citando como exemplo casos de juízes que receberiam salários extremamente altos, chegando a "um milhão por mês".

O sociólogo também apontou problemas no sistema educacional brasileiro. Segundo ele, as melhores universidades federais "abrigam gente rica", enquanto estudantes de menor renda frequentam faculdades privadas, muitas vezes de qualidade inferior e no período noturno.

Abertura econômica como chave para o desenvolvimento

Lamounier ressaltou a importância da abertura econômica para o desenvolvimento do país. Ele mencionou um estudo que demonstra que, entre 13 países que conseguiram se tornar desenvolvidos, todos abriram suas economias. O Brasil, por outro lado, manteve-se fechado e consequentemente não alcançou o mesmo patamar de desenvolvimento.

"Se você não compra, não vende. Não tem tecnologia", argumentou Lamounier, destacando que o volume de comércio do Brasil em relação ao seu produto interno é muito baixo. Ele também criticou a baixa qualificação da mão de obra brasileira, classificando-a como "pavorosa".

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