Eleições 2022

Pacheco: ‘segurança de urnas e lisura não podem mais ser colocadas em dúvida’

Afirmação acontece após o presidente Jair Bolsonaro (PL) convidar e se reunir com vários embaixadores no Palácio da Alvorada

Luciana Amaral, da CNN, Brasília
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O presidente do Congresso Nacional e do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), divulgou nota nesta segunda-feira (18) em que afirma que a “segurança das urnas eletrônicas e a lisura do processo eleitoral não podem mais ser colocadas em dúvida”.

A afirmação acontece após o presidente da República, Jair Bolsonaro (PL), convidar e se reunir com vários embaixadores no Palácio da Alvorada para fazer uma série de críticas a ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), em especial a Luís Roberto Barroso e Edson Fachin, questionar os resultados das eleições presidenciais de 2018 e voltar a lançar suspeitas sobre as urnas eletrônicas.

O presidente do Congresso não cita Bolsonaro diretamente na nota divulgada.Segundo Pacheco, “há obviedades e questões superadas, inclusive já assimiladas pela sociedade brasileira, que não mais admitem discussão”.

“Uma democracia forte se faz com respeito ao contraditório e à divergência, independentemente do tema. Mas há obviedades e questões superadas, inclusive já assimiladas pela sociedade brasileira, que não mais admitem discussão. A segurança das urnas eletrônicas e a lisura do processo eleitoral não podem mais ser colocadas em dúvida. Não há justa causa e razão para isso”, escreveu.

“Esses questionamentos são ruins para o Brasil sob todos os aspectos. O Congresso Nacional, cuja composição foi eleita pelo atual e moderno sistema eleitoral, tem obrigação de afirmar à população que as urnas eletrônicas darão ao país o resultado fiel da vontade do povo, seja qual for”, completou.

O líder da minoria na Câmara, deputado federal Alencar Santana (PT-SP), afirmou nesta segunda, numa rede social, que ele e outros líderes de partidos da oposição a Bolsonaro vão “denunciar Bolsonaro pelo crime que cometeu ao chamar embaixadores de outras nações para atacar e desacreditar o sistema eleitoral brasileiro, que o elegeu, aliás, por 30 anos”.O parlamentar, porém, ainda não deu mais detalhes sobre a eventual ação.