Pauta da segurança pública não é exclusiva da direita, diz Contarato
Senador foi eleito presidente da CPI do Crime Organizado nesta terça-feira (4); parlamentar afirmou querer "blindar" a comissão de discussões ideológicas e partidárias

O senador Fabiano Contarato (PT-ES) disse à CNN nesta terça-feira (4) que a pauta da segurança pública não é apenas do campo da direita e deve ser encarada de forma propositiva. Eleito presidente do colegiado, ele declarou querer "blindar" as discussões ideológicas e partidárias na CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) do Crime Organizado.
"Eu acho que passou da hora do campo progressista entender que a pauta da segurança pública não é exclusiva da direita ou do movimento conservador. Passou da hora da gente falar em segurança pública de forma mais propositiva, o resultado para a população", declarou.
Contarato defendeu dar uma resposta rápida com soluções legislativas adequadas à atual evolução do crime no país. Ele reforçou que a segurança pública é "um direito de todos e um dever do Estado".
"Eu tenho minha consciência muito tranquila de que eu vou blindar essa comissão parlamentar de inquérito de qualquer pirotecnia, de qualquer discussão ideológica partidária, porque a segurança pública é um tema sério, complexo, que exige uma resposta para a população", disse.
Neste terça, a CPI já aprovou ouvir ministros, governadores e secretários e o chefe da PF (Polícia Federal), Andrei Rodrigues, e o diretor da Abin (Agência Brasileira de Inteligência), Luiz Fernando Corrêa. Contarato negou, no entanto, que a CPI mire ouvir líderes de grupos criminosos que estão detidos, como Marcinho VP, um dos líderes do Comando Vermelho.
"Acho que a gente tem que ser mais inteligente do que pegar lá na ponta. Eu acho que a gente tem que ver o que está por trás dessa insegurança em que o Estado brasileiro não está exercendo a sua função constitucional. É claro que durante a CPI, se houver necessidade, isso pode ocorrer. Mas esse não é o foco nesse primeiro momento", disse.