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    PF: Heleno, Cid e Câmara integraram inteligência paralela para auxiliar Bolsonaro em golpe

    Manifestação da PGR detalha apurações da Polícia Federal; documento é um dos que embasaram a operação deflagrada nesta quinta-feira (8)

    Lucas MendesRenata Souzada CNN , Brasília e São Paulo

    Em manifestação ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), a Procuradoria-Geral da República (PGR) citou o ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), Augusto Heleno, o coronel do Exército Marcelo Câmara e o tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL), como membros de um núcleo de inteligência paralela que ajudaria o ex-presidente em um golpe de Estado.

    “A autoridade policial aponta que Augusto Heleno Ribeiro Pereira, Marcelo Costa Câmara e Mauro César Barbosa Cid integraram o núcleo de inteligência paralela, responsável pela coleta de dados e informações que pudessem auxiliar a tomada de decisões do ex-Presidente da República, Jair Messias Bolsonaro, na consumação do golpe de Estado”, diz trecho do texto assinado pelo procurador-geral Paulo Gonet.

    A manifestação é um dos documentos que embasaram a operação da Polícia Federal (PF), deflagrada nesta quinta-feira (8), que investiga a organização criminosa que teria atuado na tentativa de golpe de Estado e abolição do Estado Democrático de Direito para manter o ex-presidente no Poder após a derrota nas eleições de 2022.

    De acordo com o documento da PGR, os membros citados teriam monitorado a localização de Moraes e de possíveis outras autoridades “com o objetivo de captura e detenção nas primeiras horas que se seguissem à assinatura do decreto de golpe de Estado”.

    Nesta quinta-feira, tanto Bolsonaro quanto diversos de seus aliados foram alvos da operação da PF.

    O ex-presidente foi alvo de medida cautelar e precisa entregar o passaporte em 24h, ficando impedido de deixar o país, além de estar proibido de manter contato com demais investigados.

    Ao todo são 33 mandados de busca e apreensão, quatro de prisão preventiva e 48 medidas cautelares.

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