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    PF indicia neto de presidente da ditadura no inquérito sobre tentativa de golpe

    Paulo Renato de Oliveira Figueiredo Filho é descendente de João Batista Figueiredo, o último mandatário da ditadura militar do Brasil

    Da CNN* , São Paulo

    O economista Paulo Renato de Oliveira Figueiredo Filho foi indiciado nesta quinta-feira (21) pela Polícia Federal (PF) no inquérito que investiga a tentativa de golpe de Estado no Brasil após o resultado da eleição presidencial de 2022.

    Ele é neto de João Batista Figueiredo, o último presidente da ditadura militar do Brasil.

    Paulo Renato foi alvo de uma operação da PF em fevereiro deste ano, que também investigava o planejamento de um golpe de Estado pela cúpula do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

    Segundo o relatório da polícia de fevereiro, o economista era investigado pela propagação de fake news para incentivar ataques contra militares contrários ao golpe em programas de rádio e televisão.

    Além de Paulo Figueiredo e Bolsonaro, outras 35 pessoas também foram indiciadas pelos crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa.

    A CNN tenta contato com a defesa de Paulo Renato de Oliveira Figueiredo Filho.

    Neto do último presidente da ditadura

    Paulo Renato de Oliveira Figueiredo Filho é economista e blogueiro. Ele é neto do ex-presidente João Figueiredo, que foi o último mandatário da ditadura militar, entre os anos de 1979 e 1985.

    O governo de Figueiredo, que era general do Exército, foi marcado pela abertura política. Foi nessa gestão que foi extinto o bipartidarismo e promulgada a Lei da Anistia, que beneficiou perseguidos pelo regime e autoridades acusadas de torturas.

    Esse período também foi marcado por atentados terroristas, sendo o Atentado do Riocentro, que ocorreu em abril de 1981, um dos mais lembrados.

    Militares insatisfeitos com a abertura política planejaram um ataque a bomba em um show no Rio de Janeiro. Porém, o plano falhou e os explosivos mataram um sargento.

    A repercussão e as tentativas dos militares de abafar o caso acabaram selando o fim da Ditadura, que terminou na eleição indireta do ex-presidente Tancredo Neves, em 1985.

    Após deixar a Presidência, João Figueiredo se retirou da vida pública e militar, morrendo em 1999, aos 81 anos.

    *com informações do Estadão Conteúdo

    (Publicado por Tiago Tortela)

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