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    PGR insiste ao STF por acesso aos dados das forças-tarefas da Lava Jato

    Comando do MPF pede ao ministro Edson Fachin que restabeleça acesso às bases das investigações, revogada no começo da semana

    Guilherme Venaglia, da CNN, em São Paulo

    A Procuradoria-Geral da República (PGR) voltou a apelar nesta sexta-feira (7) ao Supremo Tribunal Federal (STF) para obter acesso aos dados das forças-tarefas da Operação Lava Jato no Paraná, em São Paulo e no Rio de Janeiro.

    Em petição enviada ao STF, o vice-procurador-geral da República Humberto Jacques de Medeiros pede ao ministro Edson Fachin que reconsidere a revogação da partilha das bases de dados das investigações com o comando do Ministério Público.

    Medeiros pede a Fachin que, caso decida não atender o pleito, que submeta o caso à análise colegiada dos demais ministros.

    O compartilhamento havia sido determinado durante o plantão do Judiciário pelo presidente do Supremo, ministro Dias Toffoli, a quem compete a análise dos pleitos apresentados durante o recesso. Com o retorno das atividades regulares, Fachin, que é o relator do caso, decidiu revogar a decisão.

    O vice-PGR argumenta ao STF querer “examinar em profundidade” os dados coletados pela Lava Jato para verificar se, entre as informações coletadas por forças-tarefas, há informações de autoridades com foro privilegiado — que, portanto, não devem ser investigadas pela primeira instância do Judiciário.

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    Disputa

    O acesso dos dados das forças-tarefas é o parte de uma grande divergência entre o procurador-geral da República, Augusto Aras, e os integrantes da Lava Jato. Aras recentemente disse querer acabar com o “lavajatismo” no Ministério Público e chamou as investigações de “caixas de segredos”.

    O procurador-geral é defensor de uma mudança no modelo do combate à corrupção no MPF, que hoje é baseado em forças-tarefas, quando o procurador designado pelo caso recebe o suporte de um grupo de colegas para ajudá-lo no trabalho. A sugestão de Augusto Aras é a criação de um único grupo especial, que centralize esse trabalho.