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    Planalto dá aval para plano que substituirá agrotóxicos considerados perigosos

    Ministros afirmam que mapeamento de substâncias não será "caça às bruxas"

    Gabbriela VerasIsabel Megada CNN , Brasília

    O governo federal vai iniciar um estudo para a substituição de agrotóxicos considerados altamente tóxicos e perigosos à saúde dos brasileiros.

    São avaliados estímulos, inclusive financeiros, para os produtores que fizerem a substituição por alternativas como bioinsumos, ou seja, produtos biológicos feitos a partir, por exemplo, de microrganismos e enzimas.

    O anúncio foi feito nesta quarta-feira (16) pelos ministros Paulo Teixeira (Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar), Wellington Dias (Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome) e Márcio Macêdo (Secretaria-Geral da Presidência), após uma cerimônia em alusão ao Dia Mundial da Alimentação, no Palácio do Planalto.

    “Vamos nos debruçar sobre quais agrotóxicos e quais estímulos que serão desempenhados”, afirmou o ministro Paulo Teixeira.

    Pelo menos sete Ministérios do governo federal participaram e assinaram a portaria que institui o Programa Nacional de Redução de Agrotóxicos (Pronara), que ainda será publicada e prevê restringir a produção, comercialização e uso de agrotóxicos no Brasil.

    “Não é razoável agrotóxicos que são proibidos na Europa, e em outros locais do mundo, terem livre comercialização aqui. Isso atenta contra a saúde do nosso povo e da nossa gente. É isso que nós vamos nos debruçar, sem nenhum tipo de caça às bruxas, nem nenhuma perseguição. Apenas fazendo estudos para ser um processo de substituição na direção da alimentação saudável”, defendeu Macêdo.

    Dados da Coordenadoria de Vigilância em Saúde Ambiental, do Ministério da Saúde, apontam que, nos últimos dez anos, 124 mil pessoas foram atendidas com quadro de intoxicação por agrotóxicos.

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