Prime Time

seg - sex

Apresentação

Ao vivo

A seguir

    Planalto retoma pressão para adiar sucessão na Vale

    Objetivo do governo é tentar emplacar alguém mais "palatável" que atual presidente Eduardo Bartolomeo

    Raquel Landimda CNN , São Paulo

    O Planalto retomou a pressão sobre a Vale, mas agora tenta adiar o processo de sucessão. Segundo apurou a CNN, uma reunião do conselho de administração para tratar do assunto foi postergada de hoje para sexta-feira como uma “sinal de boa-vontade” com o governo.

    A tentativa de emissários do presidente Lula agora é que a discussão seja novamente adiada para a próxima semana. O nome do ex-ministro Guido Mantega foi descartado, mas o objetivo do governo é tentar emplacar alguém mais “palatável” que o atual presidente Eduardo Bartolomeo.

    Fontes a par do assunto explicam que há três desfechos possíveis para a reunião de sexta: a recondução de Bartolomeo, o início de um processo de seleção por meio de uma empresa de headhunter ou mais um atraso.

    A Vale foi privatizada em 1997 e o acordo que privilegiava alguns acionistas terminou em 2020, com a saída do BNDES e a redução da participação da Previ, fundo de pensão dos funcionários do Banco do Brasil. A companhia hoje é totalmente privada, sem controle definido.

    A pressão do governo vem, portanto, que tem dois assentos num conselho de 13 membros, e de medidas regulatórias. O setor de extração mineral é muito dependente de licenças ambientais e de concessões.

    Na sexta-feira, o ministério dos Transportes informou que pretende cobrar R$ 25,7 bilhões da Vale pelas outorgas das ferrovias de Carajás e de Vitória-Minas. O ofício foi enviado no mesmo dia em que o governo desistiu emplacar o nome de Mantega depois da repercussão ruim na opinião pública.

    O ministério argumenta que a Vale descontou do valor da outorga a amortização dos investimentos já realizados, procedimento que já teria sido condenado pelo TCU. A renovação antecipada foi feita pelo governo Bolsonaro

    Duas fontes ouvidas pela CNN classificaram a medida como “chantagem” e disseram que a empresa não vai ceder. A avaliação é que aceitar Mantega e destruir a governança da mineradora sairia mais “caro”. A empresa está avaliando o caso e vai tratar administrativamente.

    Tópicos