Policiais sobre críticos ao alojamento no DF: “Eles estavam em acampamentos ao ar livre”
Agentes da Polícia Federal relatam à CNN rotina de postagem nas redes pelos presos dentro de ginásio; “Celular é o batom na cueca deles”, afirma policial


Integrantes da força-tarefa da Polícia Federal que colhem depoimentos dos presos após os atos criminosos de domingo (8) afirmam à CNN que os detidos continuam fazendo publicações em seus perfis nas redes sociais dentro do ginásio da Polícia Federal, onde aguardam para serem ouvidos.
“Não houve proibição e eles continuam postando. O celular é o batom na cueca deles”, afirmou uma fonte sobre a possível produção de provas contra si que alguns fazem na internet.
A PF também monitora as publicações feitas de dentro da estrutura da instituição, além de vídeos e imagens postadas no domingo (8).
Entre as publicações monitoradas, a PF identificou reclamações sobre a estrutura do local onde os presos aguardam as oitivas e encaminhamentos.
“É muita gente. Não tem como dar luxo, mas, até esses dias, essas pessoas estavam em acampamentos ao ar livre. Agora, estão abrigadas dentro das condições possíveis. Quero ver o que vão achar das condições do sistema carcerário”, comentou um dos integrantes da Justiça da força-tarefa.
Há cerca de 1.500 presos no ginásio da PF. Os policiais devem seguir com os depoimentos pelo menos até o início da noite desta terça-feira (10).
Para agilizar os depoimentos, a polícia estabeleceu alguns requisitos e perguntas que não podem deixar de serem feitas. As principais perguntas visam identificar os financiadores, saber a profissão, quanto ganha da um, como se deslocou a Brasília e quem pagou pelos custos da viagem.
Além dos financiadores, mesmo dentro do ginásio, os agentes buscam identificar possíveis lideranças políticas no local.
A princípio, um perfil que tem se repetido muito ao longo dos depoimentos é o de pessoas idosas e que, num primeiro entendimento, não teriam condições de se manter na Capital Federal sem suporte financeiro.
Mulheres com crianças e adolescentes, além de idosos com comorbidades ou idade muito avançada estão sendo liberado, como adiantou a analista da CNN Basília Rodrigues. Os demais presos passam por exame de corpo delito e são encaminhadas ao sistema prisional.