Pouco tempo de análise para aprovar minirreforma eleitoral preocupa, diz cientista política

À CNN Rádio, Graziella Testa afirmou que temas que integram o projeto são muito diferentes entre si

Amanda Garcia, da CNN
Sessão para a votação do projeto da minirreforma eleitoral  • Lula Marques/Agência Brasil
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O “maior problema” do projeto da minirreforma eleitoralque teve o texto-base aprovado pela Câmara do Deputados na quarta-feira (13) – é o “pouco tema de análise para temas tão diferentes entre si.”

Esta é a avaliação da doutora em ciência política e professora da FGV Graziella Testa, à CNN Rádio.

À CNN Rádio, ela afirmou que “o nome é ‘mini’, mas há impacto grande no produto final das eleições.”

Entre as mudanças propostas, estão a formação de federações partidárias, prestação de contas, propaganda eleitoral, regras do sistema eleitoral, registro de candidatura, financiamento de campanha, inelegibilidade, e violência política contra a mulher.

Segundo Graziella, é difícil avaliar se o projeto, no final das contas, será positivo ou negativo.

No entanto, ela reforça que, devido à pressa, existe a possibilidade de as regras serem ruins, o que levaria a uma judicialização ou “piora para todas as partes.”

“Neste momento, a celeridade é ruim para o grau da mudança e complexidade dos assuntos”, completou.

Veja mais - Análise: O que muda com a minirreforma eleitoral

Para a votação ser concluída, os deputados precisam aprovar os destaques, que são as sugestões de alteração do texto principal, o que deve acontecer nesta quinta-feira (14).

O texto precisa ser sancionado pelo Presidente Lula até o dia 6 de outubro para valer para as eleições municipais de 2024.

*Com produção de Isabel Campos