Eleições 2022

Pré-candidatos à Presidência falam sobre a liberação do porte de armas

Projeto de lei em tramitação na Câmara dos Deputados altera o Estatuto do Desarmamento

Gabriela Ghiraldelli, Salma Freua, da CNN, em São Paulo
Compartilhar matéria

Um projeto de lei aprovado no dia 10 de maio pela Comissão de Segurança Pública da Câmara dos Deputados permite que os cidadãos obtenham o porte de arma de fogo sem precisar comprovar sua "efetiva necessidade por exercício de atividade profissional de risco ou de ameaça à sua integridade física".

A proposta prevê que esta exigência seja revogada do Estatuto do Desarmamento. Por outro lado, de acordo com a Agência Câmara, o texto aprovado mantém as exigências de preenchimento de declaração de efetiva necessidade de comprar arma e de demonstração de efetiva necessidade de adquirir armas adicionais, a partir da segunda arma.

O projeto que muda o Estatuto do Desarmamento ainda será analisado pela Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania e depois seguirá para o Plenário da Câmara.

A CNN perguntou aos pré-candidatos o que pensam sobre o Estatuto do Desarmamento.

Confira abaixo as respostas:

Lula (PT):

A assessoria do presidenciável disse que o plano de governo será elaborado com a sociedade e os partidos aliados e entregue na data prevista pelo TSE.

Jair Bolsonaro (PL):

O presidente não respondeu até o momento da publicação.

Ciro Gomes (PDT):

O pré-candidato não respondeu até o momento da publicação.

João Doria (PSDB):

O pré-candidato não respondeu até o momento da publicação.

André Janones (Avante):

O pré-candidato não respondeu até o momento da publicação.

Pablo Marçal (Pros):

Em toda a minha vida sempre defendi a liberdade, inclusive daqueles que discordavam de mim e do meu posicionamento. Foi assim que criei a ideia de governalismo, para defender que todo homem livre governe a si mesmo e seja capaz de proteger sua vida e família se assim entender e quiser. Da mesma forma, aqueles que não quiserem ter armas são livres para se abster disso. Obviamente que, naquilo que couber ao chefe do executivo, proporemos melhorias de controle e fiscalização para que a posse e o porte de arma obedeçam a critérios técnicos para coibir o uso de força letal por pessoas despreparadas ou sem equilíbrio emocional.

Simone Tebet (MDB): 

É função do Estado garantir a segurança pública dos cidadãos. Não podemos “terceirizar” essa tarefa, ao propor que a população se arme, e, muito menos, usá-la como desculpa para a "preservação da democracia". Isso não faz o menor sentido.

A posse e o porte de armas são coisas sérias. Não é à toa que existe o Estatuto do Desarmamento para estabelecer critérios e regras nesse campo. Entendo que a discussão sobre uma eventual flexibilização dessas normas precisa ser amplamente debatida pela sociedade e tem de contar com a aprovação do Congresso Nacional.

Felipe d’Avila (Novo):

A população deixou clara sua posição sobre o desarmamento no Referendo de 2005, em que quase 64% dos eleitores votaram contra a proibição da comercialização das armas. Defendo a liberdade dos indivíduos de terem armas para defenderem sua vida e sua propriedade, desde que cumpram com os pré-requisitos de antecedentes criminais e psicológicos. Também devemos regulamentar o rastreamento de armas e munições no país, reforçando o Sinarm e promovendo a integração com o sistema Sigma. O que precisamos combater são as armas ilegais, fortalecendo o controle das fronteiras e o combate ao crime organizado.

Leonardo Pericles (UP):

O pré-candidato não respondeu até o momento da publicação.

Luciano Bivar (União Brasil):

A legislação atual sobre porte e posse de armas de fogo é boa e deve ser mantida, porém é preciso tornar os critérios para obtenção do registro mais objetivos.

Defendo também que quem for pego com arma não legalizada responda por crime inafiançável.

Sofia Manzano (PCB):

A pré-candidata não respondeu até o momento da publicação.

Vera Lúcia (PSTU):

A pré-candidata não respondeu até o momento da publicação.

Fotos - Os pré-candidatos à Presidência