Presidenciáveis falam sobre a Rússia fornecer armas a aliados na América Latina
Presidente russo, Vladimir Putin, disse que pode fornecer equipamentos militares aos seus aliados também na Ásia e na África
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, afirmou na última segunda-feira (15) que o país está pronto para fornecer equipamentos militares a seus aliados na América Latina, Ásia e África e que também está aberto a treinar combatentes estrangeiros.
Putin declarou que a Rússia pode enviar aos aliados “os mais modernos tipos de armas, desde armas pequenas até veículos blindados e artilharia”, além de aviões de combate e veículos aéreos não-tripulados.
A Rússia invadiu a Ucrânia em 24 de fevereiro deste ano. A guerra já matou mais de 5.200 civis ucranianos, segundo o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos (Acnudh).
A CNN perguntou aos candidatos à Presidência da República o que eles pensam sobre a Rússia fornecer armas para aliados da América Latina e se o Brasil deveria se aliar ao governo russo para receber armamentos.
Confira abaixo as respostas.
Luiz Inácio Lula da Silva (PT):
O candidato não respondeu até o momento da publicação.
Jair Bolsonaro (PL):
O candidato não respondeu até o momento da publicação.
Ciro Gomes (PDT):
O candidato não respondeu até o momento da publicação.
Simone Tebet (MDB):
A candidata não respondeu até o momento da publicação.
Vera Lúcia (PSTU):
A candidata não respondeu até o momento da publicação.
Felipe d’Avila (Novo):
O objetivo da Rússia é claro: ampliar sua projeção de poder externo na América Latina, numa tentativa de rivalizar com os EUA. Nós não buscaremos acordos militares com a Rússia, uma autocracia que, além de invadir covardemente a Ucrânia, não tem interesses militares convergentes com os brasileiros. Trazer equipamentos militares para a América Latina é tentar inserir o pomo da discórdia e do aumento das tensões numa região historicamente pacífica.
José Maria Eymael (DC):
A invasão da Ucrânia pela Rússia define a personalidade do presidente Putin como um agressor sem limites, sem compromisso com a vida e aliado com a morte.
Agora, com a sua intenção de fornecer material bélico para aliados na América Latina, descortina a sua ambição de conquistar o mundo.
Registre-se ainda, que a solidariedade prestada pelo presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, ao presidente da Rússia, Vladimir Putin, quando de sua visita àquela nação, certamente encorajou Putin a colocar a América Latina em seu horizonte de conquistas.
Quanto ao Brasil se aliar a Rússia para receber armas, minha resposta é “não” e certamente, se aceitasse, seria uma tragédia na história da nossa pátria.
Leonardo Péricles (UP):
O candidato não respondeu até o momento da publicação.
Pablo Marçal (Pros):
Logo depois da segunda grande guerra, o mundo mergulhou na guerra fria travada entre Rússia e EUA, onde a polarização ganhou proporções globais. A Rússia comunista já investia e treinava militantes para promover revoluções e golpes de estado pelo mundo todo, a exemplo de Cuba, Nicarágua e Venezuela. O Brasil quase esteve nessa lista e após 64, vivemos anos de guerrilha cruel alimentada por dinheiro, armamento e treinamento russo através de Cuba. Perdemos centenas de cidadãos assassinados por eles que nunca foram sequer reconhecidos pela comissão de anistia. O Brasil é um país soberano, rico e abençoado por Deus antes da fundação do mundo. Devemos ter alianças econômicas bilaterais ou em bloco com todos os países que estiverem à altura da nossa grandeza, mas aceitar uma aliança militar com a Rússia é na verdade curvar-se para ser colônia novamente. E digo que esse perigo de ser novamente colônia é real, principalmente se o partido que tentou roubar a minha candidatura chegar ao poder. Chega de dependência, chega de escravidão. O Brasil tem que ser protagonista e para isso temos que eleger um representante que esteja à altura desse protagonismo.
Roberto Jefferson (PTB):
Os países sob regência de governos opressores e tirânicos na América Latina, são aliados ao Biden, à Europa e à Nova Ordem Mundial, que não manipula a Rússia, cristã ortodoxa e conservadora. Os EUA nunca investirão no Brasil como investiram na China, Índia e Japão. Não querem uma potência em seus calcanhares. Devemos aprofundar as relações comerciais com a Rússia.
Sofia Manzano (PCB):
A candidata não respondeu até o momento da publicação.
Soraya Thronicke (União Brasil):
A candidata não respondeu até o momento da publicação.
Debate
As emissoras CNN e SBT, o jornal O Estado de S. Paulo, a revista Veja, o portal Terra e a rádio NovaBrasilFM formaram um pool para realizar o debate entre os candidatos à Presidência da República, que acontecerá no dia 24 de setembro.
O debate será transmitido ao vivo pela CNN na TV e por nossas plataformas digitais.
Fotos – Os candidatos a presidente em 2022
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O presidente Jair Bolsonaro (PL) participa de solenidade no Palácio do Planalto, em Brasília - 20/06/2022 • CLÁUDIO REIS/PHOTOPRESS/ESTADÃO CONTEÚDO
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Luiz Inácio Lula da Silva, ex-presidente, governou o país entre 2003 e 2010 e é o candidato do PT • Foto: Ricardo Stuckert
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O candidato à Presidência Ciro Gomes (PDT) tenta chegar ao Palácio do Planalto pela quarta vez • FÁTIMA MEIRA/FUTURA PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO
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Simone Tebet cumpre o primeiro mandato como senadora por Mato Grosso do Sul e é a candidata do MDB à Presidência • Divulgação/Flickr Simone Tebet
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Felipe d'Avila, candidato do partido Novo, entra pela primeira vez na corrida pela Presidência • ROBERTO CASIMIRO/FOTOARENA/ESTADÃO CONTEÚDO
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José Maria Eymael (DC) já concorreu nas eleições presidenciais em 1998, 2006, 2010, 2014 e 2018, sempre pelo mesmo partido • Marcello Casal Jr/Agência Bras
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Vera Lúcia volta a ser candidata à Presidência da República pelo PSTU. Ela já concorreu em 2018 • Romerito Pontes/Divulgação
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Leonardo Péricles, do Unidade Popular (UP), se candidata pela primeira vez a presidente • Manuelle Coelho/Divulgação/14.nov.2021
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Sofia Manzano (PCB) é candidata à Presidência da República nas eleições de 2022 • Pedro Afonso de Paula/Divulgação
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Senadora Soraya Thronicke (União Brasil-MS), candidata à Presidência da República - 02/08/2022 • ALOISIO MAURICIO/FOTOARENA/ESTADÃO CONTEÚDO
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Padre Kelmon (PTB) assumiu a candidatura à Presidência após o TSE indeferir o registro de Roberto Jefferson (PTB) • Reprodução Facebook