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    Presidente do PDT descarta reflexo da disputa em Fortaleza na aliança com o governo federal

    Lupi admite desempenho abaixo do esperado nas eleições municipais no Ceará e aponta mudanças na estratégia do partido para a disputa pela liderança da Câmara

    Gabriela Pradoda CNN , Brasília

    O presidente nacional do PDT e ministro da Previdência Social, Carlos Lupi, descartou a possibilidade de que as eleições em Fortaleza (CE) reflitam na aliança entre o partido e o governo federal. O PT venceu o pleito para a prefeitura e o PDT acabou derrotado ainda no primeiro turno.

    “Não vejo como pode refletir. Lula nunca pediu nada [ao partido]”, disse o ministro à CNN.

    O PDT declarou neutralidade nas eleições da capital cearense no segundo turno, após o atual prefeito José Sarto (PDT), que concorria à reeleição, não avançar para o segundo turno.

    Apesar disso, uma parte do partido declarou apoio ao candidato bolsonarista André Fernandes (PL). Carlos Lupi, por sua vez, publicou nas redes sociais um vídeo manifestando apoio ao petista Evandro Leitão, que acabou vencendo a eleição.

    “Fiz apelos para que não se envolvessem [na campanha de André Fernandes]”, comentou.

    Segundo Lupi, a polarização entre PT e PL, somada às dificuldades de comunicação do governo Sarto, impediu o avanço do PDT nas eleições em Fortaleza.

    Lupi afirmou ainda que o desempenho do partido ficou abaixo das expectativas. Segundo o ministro, apenas no Ceará, o PDT perdeu 60 prefeituras. Ele atribuiu esse resultado à saída de Cid Gomes da legenda, após desentendimentos com seu irmão, Ciro Gomes, e ao fato de o estado estar atualmente sob a gestão do PT.

    “Como dizia [Leonel] Brizola: prefeito não pertence a partido, pertence ao governador”, avaliou ao comentar o resultado.

    O PDT na Câmara

    Além de buscar a manutenção da aliança com o governo federal, o PDT também deve revisar sua posição para as eleições da presidência da Câmara dos Deputados.

    O partido que, em um primeiro momento, declarou apoio a Elmar Nascimento (União-BA), agora, deve mudar a orientação de voto para o candidato Hugo Motta (Republicanos-PB).

    De acordo com membros da legenda, Elmar “liberou a bancada” para mudar de apoio. Motta, teoricamente, já conquistou a maioria dos votos necessários para assegurar a posição.

    No entanto, por se tratar de uma votação secreta, Motta continua em busca de apoios adicionais para evitar possíveis surpresas e traições durante a eleição interna.

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