Projeto que reduz imposto de produtos para PCD avança na Câmara

Medida ainda será analisada pelas comissões de Finanças e Tributação e de Constituição e Justiça; se aprovada, irá para o Senado

Douglas Porto, da CNN, São Paulo
Carro adaptado para condução por pessoa com deficiência
Entre os produtos que poderão ter isenção de imposto estão os que servem para adaptações em veículos  • Sílvio Rocha/Prefeitura de Aracaju/Divulgação
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O projeto de lei que concede isenção tributária para produtos de tecnologia assistiva ou ajuda técnica para pessoas com deficiência e mobilidade reduzida avançou na Câmara.

A medida foi aprovada, na terça-feira (19), na Comissão de Defesa dos Direitos das Pessoas com Deficiência. Antes, já havia passado pelo colegiado de Previdência e Assistência Social.

A proposta, que tramita com caráter conclusivo — dispensando votação em plenário –, ainda será analisada pelas comissões de Finanças e Tributação e de Constituição e Justiça.

O projeto perde o caráter conclusivo se houver decisão contrária nas comissões ou se houver recurso assinado por 52 deputados para a apreciação da matéria no plenário. Para virar lei, também precisará ser aprovado no Senado.

Os equipamentos de tecnologia assistiva são aqueles usados para dar mais autonomia e qualidade de vida para quem tem deficiência.

A isenção será concedida para o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) e para o imposto de Importação (II) em produtos como:

  • cadeiras de rodas motorizadas;
  • adaptações para veículos;
  • órteses e próteses;
  • e produtos com recursos facilitadores para deficientes visuais ou déficit auditivo e de surdez.

O texto aprovado é um substitutivo da relatora, deputada Clarissa Tércio (PP-PE), para o projeto do ex-deputado Geninho Zuliani (União-SP). .

“Essa medida contribuirá para criar uma sociedade mais justa e igualitária uma vez que promoverá maior participação no mercado de trabalho e reduzirá gastos com saúde e assistência social”, disse Clarissa na Comissão de Previdência e Assistência Social.

Já para o relator na Comissão de Previdência e Assistência Social, deputado Sargento Portugal (Podemos-RJ), os produtos são fundamentais para garantir a igualdade de oportunidades e o exercício pleno de direitos.

"É preciso reconhecer que, hoje, o custo elevado, devido à carga tributária, configura uma barreira para muitos", destacou Portugal.

*Com informações da Agência Câmara