PRTB quer fazer "prévia" para decidir candidato e cogita Eduardo Bolsonaro
Deputado licenciado vive atualmente nos Estados Unidos e precisaria deixar o PL para disputar por outro partido

O primeiro vice-presidente do PRTB, Leonardo Avalanche, disse à CNN nesta terça-feira (16), que a sigla cogita fazer uma "prévia" com vários nomes considerados pelo partido, para decidir quem, de fato, disputará a Presidência da República em 2026.
De acordo Avalanche, esse evento deve acontecer em outubro. À CNN, ele disse ainda que iniciou conversas com o deputado licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e colocou a legenda à disposição para que ele entre nessa disputa.
"Estamos organizando uma prévia, estilo que acontece nos Estados Unidos, no PRTB. Devem participar da prévia, Pablo Marçal, senador Cleitinho, Rodrigo Manga, ex-governador Garotinho, Dra. Raissa, senadora Damares e Eduardo Bolsonaro", disse Avalanche.
Atualmente morando nos Estados Unidos, Eduardo precisaria deixar seu partido atual, o PL, se quisesse concorrer pelo PRTB. Valdemar Costa Neto, presidente do partido do filho do ex-presidente, já falou publicamente sobre a possibilidade de ter o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), na disputa.
“Tarcísio já declarou. Eu tive um jantar com ele há um ano e meio atrás e ele falou: ‘Se eu for candidato, eu vou para o PL’. Logo depois, num recente jantar com governadores, ele falou na frente de cinco: ‘Sou candidato a governador, mas se eu for candidato a presidente, eu vou para o PL’”, relatou Valdemar em conversa com jornalistas no mês passado.
De acordo com Avalanche, o candidato oficial do PRTB será aquele que melhor pontuar nas pesquisas eleitorais.
"Quem vencer ou melhor pontuar nas pesquisas presidenciais será o nosso candidato, os demais devem sair candidatos a governadores pelos seus respectivos estados", concluiu.
A CNN entrou em contato com Eduardo Bolsonaro e aguarda retorno.
Crise no diretório nacional da sigla
Avalanche foi destituído da presidência do PRTB em agosto deste ano, após uma Convenção Nacional decidir por tirá-lo do cargo. Na época, portanto, assumiu o cargo de primeiro vice-presidente.
O advogado Amauri Pinho assumiu e, desde então, a sigla enfrenta uma crise interna.
Em nota encaminhada para a imprensa, Pinho disse que as afirmações de Avalanche não procedem e que o partido "vem dialogando com lideranças políticas de todo o Brasil e a ideia é levar o partido para o centro, em busca da pacificação do País, sem extremismos."


