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    PSD desiste de candidatura e decide apoiar Motta na Câmara

    Partido teve reunião nesta quarta-feira (13) e anunciou retirada da candidatura de Antonio Brito (PSD-BA)

    Emilly BehnkeIsabel Megada CNN , Brasília

    A bancada do PSD decidiu, nesta quarta-feira (13), retirar a candidatura do deputado Antonio Brito (PSD-BA) à presidência da Câmara dos Deputados e apoiar Hugo Motta (Republicanos-PB). Com a decisão, Motta tem 16 partidos com ele e o apoio do atual presidente da Casa, Arthur Lira (PP-AL).

    “A bancada decidiu, por proposta minha, retirar a candidatura nossa a presidente da Câmara para que possamos dar sequência ao processo que corre, com as demais lideranças da Casa e apoiar Hugo Motta”, declarou Brito, que é líder da bancada.

    O PSD tem 44 deputados na Câmara. Segundo Brito, a bancada segue “unida”. Parlamentares da sigla se reuniram nesta manhã, junto com o presidente nacional da legenda, Gilberto Kassab.

    Sobre a negociação de cargos para dar o apoio a Motta, Brito afirmou que o partido pediu que seja respeitado o critério de proporcionalidade, que prioriza vagas para as maiores bancadas. Pelo acordo fechado, o partido deve ter, em 2026, a presidência da Comissão Mista de Orçamento (CMO), além da 3ª ou 4ª Secretaria da Mesa Diretora.

    “Tudo mantido. A bancada contemplada. O direito da bancada. Nós não pedimos nada a mais do que a bancada teria na Casa pela proporcionalidade”, disse Brito.

    O deputado também anunciou que assumiu, nesta quarta-feira, a liderança do bloco partidário formado por MDB, PSD, Republicanos e Podemos, que é o segundo maior bloco da Casa.

    Negociação de apoio

    Somadas, as bancadas que apoiam Motta representam 429 deputados. O voto, no entanto, é secreto e individual. O apoio formal das bancadas não assegura automaticamente a adesão dos respectivos integrantes.

    Para vencer, o candidato à sucessão de Lira precisa de pelo menos 257 votos. Considerando o apoio das bancadas, Motta teria, atualmente, 172 votos a mais do que o necessário para vencer a eleição.

    As eleições internas para o comando da Câmara serão realizadas em fevereiro de 2025, mas as negociações começaram de forma antecipada e envolvem a divisão de cargos na Mesa, presidência de comissões e a relatoria do Orçamento.

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