Eleições 2022

PSDB e MDB devem afastar as ameaças de Bolsonaro à democracia, diz Aloysio Nunes

Partidos iniciaram negociações para a formação de uma federação partidária

Douglas Porto e Ludmila Candal, da CNN*, em São Paulo
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O ex-senador Aloysio Nunes (PSDB) declarou, nesta quarta-feira (2), em entrevista à CNN, que uma futura federação entre MDB e PSDB deve ter como objetivo a luta para "afastar as ameaças à democracia" representadas pelo presidente Jair Bolsonaro (PL) e por seus apoiadores.

"Os dois partidos tem algo que está em seu DNA: o apego á democracia. Isso nos leva, a mim pelo menos, a postular essa união se ocorrer tenha como norte a luta [para] afastar as ameças à democracia representado por Bolsonaro e pelo bolsonarismo", afirmou Aloysio.

"Eu não sou equidistante entre um polo e outro. Para mim, o inimigo principal dos valores democráticos que embasam uma convivência civilizada no Brasil se chama: Bolsonaro e a cultura política do bolsonarismo. O fato de serem dois partidos de origem democrática e de índole democrática, até facilita esse combate em relação àquilo que ameaça de maneira mais fundamental e mais grave a convivência democrática e mesmo aspectos vitais da vida brasileira como saúde, educação, meio ambiente e política externa", continuou.

Os presidentes do PSDB, Bruno Araújo, e do MDB, Baleia Rossi, negociam a formação de uma federação. As duas legendas já possuem pré-candidatos à Presidência da República: o governador de São Paulo, João Doria, pelo PSDB e a senadora do Mato Grosso do Sul Simone Tebet, pelo MDB.

“Seria o ressurgimento de uma poderosa força de centro que mudaria o jogo das eleições presidenciais e entregaria ao país quatro anos de uma robusta bancada de senadores e deputados para dar equilíbrio as discussões relevantes”, alegou Bruno Araújo à CNN.

"Tive hoje uma conversa inicial sobre formar uma Federação com o PSDB. Preciso ouvir as bancadas e os diretórios estaduais. No MDB, todas as decisões precisam ser tomadas de forma amplamente democrática", explicou Baleia Rossi pelas redes sociais.

(*Com informações de Caio Junqueira, da CNN)