Senado aprova dispensa de aposentados por incapacidade permanente de reavaliações periódicas

Projeto agora segue para sanção do presidente Lula

Gabriela Boechat, colaboração para a CNN Brasil, Brasília
Plenário do Senado Federal durante sessão deliberativa ordinária. Ordem do dia. Na pauta, o PL 173/2020, que autoriza transferência de capital, a título de contribuição, mediante celebração de convênios entre a União e as Associações de Proteção e Assistência aos Condenados (APACs), em atenção ao disposto no § 6º do art. 12 da Lei nº 4.320, de 17 de março de 1964. Mesa: vice-presidente do Senado Federal, senador Veneziano Vital do Rêgo (MDB-PB); secretária-geral adjunta da Mesa do Senado Federal, Sabrina Silva Nascimento. Foto: Jonas Pereira/Agência Senado
Plenário do Senado Federal durante sessão  • 30/10/2024 - Jonas Pereira/Agência Senado
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O Senado Federal aprovou nessa quarta-feira (30) o projeto de lei 5332/2023, que dispensa pessoas aposentadas por incapacidade permanente de passar por reavaliações periódicas sobre sua condição.

O projeto agora segue para sanção do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

O texto altera a Lei 8.213/1991, que dispõe sobre os planos de benefícios da Previdência Social. Esta legislação prevê que beneficiários da Previdência Social e da prestação continuada por "invalidez" pode ser "convocado a qualquer momento para avaliação das condições que ensejaram o afastamento ou a aposentadoria".

O novo projeto mantém essa regra, mas abre exceções. Ficam dispensadas das reavaliações pessoas diagnosticadas com HIV/aids, doença de Alzheimer, doença de Parkinson e esclerose lateral amiotrófica, além de outros com incapacidades irreversíveis.

Como justificativa, o autor do projeto deputado Rôney Nemer (PP-DF), afirma que a proposta tem o objetivo de desburocratizar as regras aplicáveis à aposentadoria por invalidez.

"Não há o menor sentido em submeter cidadãos com doenças limitantes a consultas frequentes, com o único objetivo de conseguir um laudo que seja aceito pelo INSS na busca por seus direitos", defende.