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    Silvinei Vasques é reprovado em exame da Ordem dos Advogados do Brasil

    Ex-diretor da PRF no governo Bolsonaro segue preso em Brasília, acusado de impedir o livre acesso de eleitores aos locais de votação nas eleições de 2022

    Maria Clara MatosManoela Carluccida CNN* , São Paulo

    O nome de Silvinei Vasques, ex-diretor da Polícia Rodoviária Federal (PRF) durante o governo de Jair Bolsonaro e atualmente preso em Brasília, não apareceu na lista dos aprovados da segunda fase da prova da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) divulgado nesta quinta-feira (15).

    Vasques passou na primeira fase do exame que prestou com autorização do ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes, também relator do inquérito que investiga o ex-comandante da PRF.

    A defesa de Vasques havia pedido para que ele pudesse ter acesso a materiais de estudo mesmo preso. O pedido foi autorizado em 4 de dezembro de 2023 – 48 dias antes da data da prova.

    A decisão excluiu alguns materiais de estudo, como canetas e marcadores de texto.

    “Contudo, dentre os materiais listados pela douta Defesa estão canetas hidrográficas, marcadores adesivos de páginas e marcadores de texto que não são materiais comumente usados pelas pessoas presas, pois canetas e marcadores são objetos pontiagudos e adesivos podem vir a ser usados para circulação de recados e a circulação de todos esses materiais no ambiente carcerário pode ocasionar subversão da ordem, da segurança e da disciplina”, escreveu a juíza Leila Cury.

    Vasques deixou o Complexo da Papuda em 19 de novembro de 2023 para fazer a primeira fase do exame da OAB em uma faculdade localizada na Asa Norte de Brasília.

    Silvinei Vasques foi preso em 9 de agosto de 2023 por supostamente usar a PRF para impedir que eleitores do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), especialmente da região Nordeste, chegassem aos locais de votação para as eleições de 2022. O antigo diretor da organização teria “barrado” a ida dos eleitores ao postos de votação por meio de blitz nas estradas.

    A CNN procurou a defesa de Silvinei Vasques, que não retornou até o momento da publicação dessa matéria.

    *Sob supervisão de Marcos Rosendo

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