Sóstenes pede aplausos para Zambelli em ato com Bolsonaro na Paulista

Líder do PL na Câmara defendeu ex-parlamentares e o ex-ministro da Defesa Walter Braga Netto durante manifestação neste domingo (29)

Gustavo Zanfer, da CNN, em São Paulo
Compartilhar matéria

O líder do PL na Câmara, Sóstenes Cavalcante (RJ), classificou a deputada federal Carla Zambelli (PL-SP), Daniel Silveira e o ex-ministro da Defesa Walter Braga Netto de "perseguidos pela justiça" e pediu aplausos em homenagem aos políticos durante manifestação bolsonarista em São Paulo, neste domingo (29).

Ao lado de Jair Bolsonaro (PL), Sóstenes defendeu o ex-presidente sobre suspeitas de corrupção e disse que ele vai "voltar em 2026", quando acontece a próxima eleição presidencial.

Mencionando o número de parlamentares de direita investigados pelo STF (Supremo Tribunal Federal), o líder do PL disse que "já está claro o que eles querem é perseguir possíveis candidatos a senadores da direita com chances reais de ganhar [mandatos], mas eu tenho certeza que o povo brasileiro em 2026 vai dar um recado que, de verdade".

Zambelli foi condenada pelo STF a 10 anos de prisão e perda de mandato por invadir o sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Os ministros recusaram o recurso da defesa e votaram para que a ação seja reconhecida como trânsito em julgado.

A Polícia Federal (PF) confirmou que a parlamentar está na Itália.

Silveira, condenado pelo Supremo a oito anos e nove meses de prisão em regime fechado pelos crimes de tentativa de impedir o livre exercício dos poderes e coação no curso do processo judicial a que responde por ataques à Corte, está preso na Penitenciária de Magé (RJ).

O general Braga Netto faz parte do chamado "núcleo crucial" da ação penal que apura uma tentativa de golpe de Estado no país, processo pelo qual Bolsonaro também responde.

Ele está preso preventivamente desde dezembro de 2024 por tentar obter informações da delação de Cid e atrapalhar as investigações.

Bolsonaro desembarcou em São Paulo neste sábado (28) para se dedicar ao ato e ficou hospedado na ala residencial do Palácio dos Bandeirantes. Após o evento, que marca o 7º ato convocado pelo ex-presidente desde que deixou o Palácio do Planalto, a previsão é que ele retorne para Brasília.

Sóstenes divulgou uma lista de presença no ato na avenida Paulista com 4 governadores, 7 senadores e 39 deputados federais, além de 5 estaduais.

O chefe do executivo paulista, Tarcísio de Freitas (Republicanos), recebeu parte dos políticos no Palácio dos Bandeirantes e publicou uma foto nas redes sociais.

Os governadores Jorginho Mello (SC) e Romeu Zema (MG) estão na sede do governo com Bolsonaro e o governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (RJ), é esperado na manifestação.

Ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) se reune com os governadores de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), e de Santa Catarina, Jorginho Mello (PL) antes de ato na Avenida Paulista. • Reprodução/Redes sociais
Ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) se reune com os governadores de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), e de Santa Catarina, Jorginho Mello (PL) antes de ato na Avenida Paulista. • Reprodução/Redes sociais

A Polícia Militar do Estado de São Paulo (PMESP) informou que mobilizou equipes de choque e de trânsito, além de policiamento aéreo e unidades especializadas para monitorar a manifestação.

Segundo a PMESP, o planejamento foi construído em reuniões prévias com os organizadores dos atos e com a participação de órgãos municipais e estaduais, como CET, SPTrans, Metrô, GCM e Subprefeitura da Sé.